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Biblioteca do Porto do Sal ganha versão móvel em projeto do Coletivo Aparelho

Criada há um ano pelo Coletivo Aparelho, a Biblioteca do Porto acaba de ganhar uma versão móvel. Saindo do Box número 5, que ocupa no Mercado do Sal, em um carrinho de compras, ela sai para passear pelos principais becos da Cidade Velha, batendo de porta

Criada há um ano pelo Coletivo Aparelho, a Biblioteca do Porto acaba de ganhar uma versão móvel. Saindo do Box número 5, que ocupa no Mercado do Sal, em um carrinho de compras, ela sai para passear pelos principais becos da Cidade Velha, batendo de porta em porta e convidando famílias inteiras para viver a experiência da leitura e o compartilhamento de histórias. Com três saídas programadas para este mês, sempre aos sábados, o projeto busca ainda novos apoiadores para manter-se firme e expandir suas atividades.

O Aparelho acaba de entrar em seu terceiro ano de atividades no Porto, o que envolve ocupações artísticas, oficinas regulares e pontuais, além da biblioteca. Esta nasceu a partir da doação de livros, chegando a um acervo que hoje beira os mil exemplares. “Com a inauguração da biblioteca, a gente sentiu necessidade de ampliar nossas ações para conquistar novos leitores, especialmente dos becos do Carmo e das Malvinas, os trabalhadores do porto e outros moradores do entorno”, comenta Anne Dias, integrante do Coletivo.

No box do Mercado, a biblioteca funciona de 9h às 12h, sempre às terças, quintas e sábados. E não fecha durante os sábados, em que sua versão móvel sai para dar uma voltinha. O carrinho de compras adaptado e pintado pode ser facilmente identificado com uma placa do premiado artista abridor de letras Luís Junior, com destino à casa do seu Bené, localizada no Beco do Carmo. “Ele tem um salão grande, onde paramos após passear pelo bairro, abrimos alguns panos no chão e as crianças podem ler, os adultos podem ler para as crianças...”, conta Anne.As

opções no carrinho são dedicadas a todas idades e gostos. Tem livros infantis, romances, enciclopédias, livros didáticos e periódicos. “A gente faz um piquenique de livros. E sempre faz uma leitura coletiva”, diz ela. No último sábado as crianças ouviram “Um Chapeuzinho Amarelo”, de Chico Buarque. “A gente adquiriu um acervo muito bom. Tem Bartolomeu Campos de Queirós, Ruth Rocha, Monteiro Lobato... Além de catálogos de artistas, livros doados por Luiz Braga, Armando Sobral, a Drika Chagas doou livros didáticos em arte”, cita Anne.

A Biblioteca do Porto atende muitos moradores que não sabem ler e escrever, então o Coletivo também pensa nesse público, utilizando outras formas de experiência com a literatura, como as contações de história, as leituras coletivas e o teatro. “A gente precisa pensar nessas pessoas. É uma área de vulnerabilidade social, mas onde a gente vê um grande potencial. Ali há muitas atividades ligadas à chegada dos barcos do interior, à pesca, às relações dentro da comunidade, uma visualidade amazônica que também nos alimenta muito como artistas”, afirma Anne.


Ao sair pelas ruas, a Biblioteca do Porto atrai ainda mais pequenos leitores e amplia o número de livros emprestados às crianças (Fotos: Divulgação)

Projeto busca apoio para crescer

Dentro das atividades do Coletivo Aparelho no Porto do Sal, os artistas-ativistas também vão descobrindo uma nova geração de criadores. “São pequenos artistas, crianças que gostam de poesia, gostam de escrever, de desenhar, gostam de fotografia. E que estão lá toda semana”, diz Anne Dias.

Para o Coletivo, a presença da biblioteca é essencial para o constante exercício da literatura, algo aperfeiçoado em sua versão móvel. “Com a saída pelas ruas, falando com os moradores, chamando as crianças, foi possível fazer mais fichas com nome, endereço dos moradores e assim aumentar o número de livros emprestados, uma prática que queremos incentivar ainda mais”, destaca Anne.

Apoiadores

O acervo da Biblioteca está ainda em processo de catalogação, uma tarefa complexa, que inclui fichar e digitalizar cada livro. “Precisamos de apoio desde material, como papel, impressão, tinta, prateleiras para organizar os livros, até o atendimento ao público, realização e atividades”, conta Anne.

Recentemente o coletivo aprovou um projeto no Banco da Amazônia para contratar bolsistas que ampliem o atendimento da biblioteca para todos os dias, e ajudar na realização de oficinas relacionadas à contação de histórias, mas isso para apenas cinco meses.

“A questão aqui, em todas as atividades que queremos realizar em torno da biblioteca, é valorizar a leitura. Reunindo famílias em torno dos livros, histórias, potencializando essa convivência familiar e comunitária. Queremos sensibilizar a comunidade para essa cidadania cultural que é direito dela, o acesso a bons livros, a uma convivência de incentivo à leitura, que case arte com cidadania”, destaca Anne.

A cada saída, a biblioteca móvel quer ainda levar outras atividades artísticas para passear. Tudo depende do apoio de quem acredita no projeto.

Conheça: Biblioteca do Porto

Quando: Aberto as terças, quintas e sábados, das 9h às 12h
Onde: Mercado do Porto do Sal – Box 5 – Rua São Boaventura, s/n - Cidade Velha
Biblioteca Móvel do Porto
Quando: Todos os sábados, com saída do Mercado do Porto do Sal em direção ao Beco do Carmo.
Para colaborar: Facebook

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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