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Christiane Torloni vive diva da ópera em 'Master Class'

Inspirado nas lendárias séries de aulas magnas proferidas no início dos anos 1970, em Nova York, pela diva maior da ópera mundial, a greco-americana Maria Callas, o dramaturgo norte-americano Terrence McNally criou o espetáculo “Master Class”, um dos mais

Inspirado nas lendárias séries de aulas magnas proferidas no início dos anos 1970, em Nova York, pela diva maior da ópera mundial, a greco-americana Maria Callas, o dramaturgo norte-americano Terrence McNally criou o espetáculo “Master Class”, um dos mais famosos da Broadway. Desde a sua estreia, há mais de 20 anos, o texto tem angariado fãs em todo o mundo. No Brasil, depois de temporadas de sucesso em São Paulo, em 2015, e no Rio de Janeiro, em 2016, segue numa grandiosa turnê pelo país, estrelada por uma das maiores atrizes do teatro, cinema e televisão brasileira: Christiane Torloni. A peça está em cartaz este fim de semana no Theatro da Paz, com sessões de hoje até domingo.

A atriz conversou com o Você e confessou sua expectativa em relação à estreia no Norte. “Sim, era uma vontade minha. Nunca me apresentei no Theatro da Paz”, comentou. Depois das duas temporadas iniciais, Torloni ainda estava insatisfeita, “sabia que não tinha chegado ‘lá’”, diz ela. Como algo que ficou no meio do caminho, um processo que ainda não tinha sido concluído, ela afirma que circular pelo país se mostrou o detalhe que faltava, “e Belém e Manaus não podiam ficar de fora”.

Christiane Torloni revive a maneira enérgica com que Callas repreendia seus alunos, mas os incentivava na mesma medida a perseguir seus sonhos. Durante as aulas, a personagem também confronta os dissabores de sua vida e de seu relacionamento com o célebre bilionário grego Aristóteles Onassis. O resultado é um espetáculo capaz de fazer o público rir e se emocionar do início ao fim.

“Interpretar uma personalidade é sempre um risco maior, porque as pessoas podem ir lá conferir”, brinca a atriz. Para ela, quando se trata de uma personagem que vem da imaginação, que não se chega a conhecer, é sempre algo desafiador. “O texto de Callas é tão atual, ela foi uma mulher tão à frente de seu tempo em alguns aspectos, que precisei de 40 anos de carreira para vivê-la em um dia negro”, completa.

Para apoiá-la em tamanha responsabilidade, Christiane Torloni contou com a direção do encenador brasileiro José Possi Neto, que dirige a peça, consagrando com ele uma parceria de 30 anos. Em todas as montagens que trabalham juntos, desde “A Loba de Ray-Ban”, os dois foram fidelizando seu público pelo país e nas primeiras temporadas desta montagem, perceberam uma peculiaridade. “Além do público que sempre vai me ver, que me acompanha há quatro décadas, já que já sou avó de fã (risos), vem um público que é apaixonado por ópera e isso deu uma química maravilhosa de plateia. Essa é a grande novidade desse espetáculo para mim. Tem gente que nunca tinha me visto no teatro e foi pela Maria Callas”, comenta a atriz.

(Foto: Divulgação)

Produção digna da Broadway

Repleto de um humor refinado, “Master Class” provoca as pessoas na plateia e as diverte na mesma medida. Com este, Christiane Torloni venceu o Prêmio Aplauso Brasil, o Prêmio Quem e o Prêmio Arte Qualidade Brasil.

A montagem brasileira contou com grandes profissionais e esmero no figurino e na cenografia. A direção musical do maestro Fábio G. Oliveira teve em mãos um elenco formado por consagrados profissionais, como as sopranos/atrizes Julianne Daud (“O Beijo da Mulher Aranha” e “New York, New York”) e Paula Capovilla (“Evita” e “Les Miserables”), além do tenor/ator Frederico Silveira (“Forever Young”), o ator e pianista Thiago Rodrigues (“Mamma Mia!”), e dos cantores/atores Jessé Scarpellini (“Wicked”) e Raquel Paulin (“Mudança de Hábito”).

Os cenários foram criados e executados por Renato Theobaldo, que procurou trazer para o palco o clima das grandes casas de ópera do mundo. O design de luz foi criado pelo veterano Wagner Freire. E os figurinos são assinados pelo renomado figurinista Fábio Namatame, com quem Christiane Torloni já trabalhou no teatro. “Eu me movimento muito em cena e chego a rolar no chão. Então, foi concebido um figurino que personifica a Callas e ao mesmo tempo é confortável e colabora com os meus movimentos”, comenta a atriz.

A trilha sonora do espetáculo reúne trechos famosos de obras de três compositores - Bellini, Puccini e Verdi - executados ao vivo pelos atores/cantores e acompanhados pelo ator/pianista. Com patrocínio da Bradesco Seguros e da Vivo, a produção e realização do espetáculo está inteiramente a cargo da Maestro Entretenimento, sob a direção de seu fundador, Fábio G. Oliveira, e de sua sócia, a cantora lírica Julianne Daud, que juntos têm realizado importantes produções, como as óperas “Don Pasquale”, de Donizetti, e “Salvator Rosa”, de Carlos Gomes.

Christiane Torloni garante que esta mais recente montagem não deixa a desejar para as últimas grandes óperas produzidas pela Maestro. “A peça tem um texto lindo e sempre digo que esse espetáculo é uma sessão de autoajuda disfarçada (risos). Ele fala muito em superação e as pessoas saem muito motivadas a se apaixonar, acreditar nos seus sonhos”, afirma.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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