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Monólogo discute sistema prisional e liberdade com história baseada em fatos reais

Um pianista com pouco dinheiro que acaba fazendo da venda de drogas um “bico” e termina preso é o ponto de partida do espetáculo teatral “Cárcere”. Inspirado em fatos reais, o monólogo traz o ator e diretor paulistano Vinícius Piedade no papel do músico,

Um pianista com pouco dinheiro que acaba fazendo da venda de drogas um “bico” e termina preso é o ponto de partida do espetáculo teatral “Cárcere”. Inspirado em fatos reais, o monólogo traz o ator e diretor paulistano Vinícius Piedade no papel do músico, que enfrenta as agruras na cadeia em meio a uma rebelião. Piedade é também coautor do texto, ao lado de Saulo Ribeiro. A peça será apresentada hoje e amanhã em Belém, no Centro Cultural Sesc Boulevard, seguida de um debate com o professor doutor da Faculdade de Filosofia da UFPA, Ernani Chaves, que falará sobre “Estado e Opressão pela perspectiva de Foucault”.

Tratando de temas como a precarização das prisões e a ineficácia na ressocialização dos ex-presidiários, “Cárcere” busca uma visão humanizada para a atual crise no sistema carcerário brasileiro. “A peça pode ser o retrato de um dos mortos nas recentes rebeliões presidiárias. Essa história emblematiza tantos casos de presidiários que não têm histórico associado ao crime, mas que facilmente são cooptados e mortos em rebeliões”, diz Vinícius Piedade.

Já apresentada em dez países, a peça cobre uma semana na vida do pianista, privado da liberdade e de seu piano, e que logo se torna refém em uma rebelião. O espetáculo surge a partir do diário dele, pelo qual o espectador acompanha as expectativas, lembranças e reflexões do personagem, um convite para refletir a respeito das liberdades e prisões que nos rodeiam. “Meu diário é uma metáfora para casamentos aprisionantes, relações encarceradas, trabalhos acorrentadores, mentes algemadas, vidas encarceradas mesmo que em liberdade”, afirma Vinícius Piedade.

O pianista Manuel Pessôa participa da construção do espetáculo, compondo a música que permeia toda a peça. E a música é quase como um segundo personagem no texto, surgindo em diferentes intensidades em consonância com os momentos vividos pelo preso.

A ideia de “Cárcere” surgiu depois que Vinícius percorreu alguns presídios do Espírito Santo apresentando o espetáculo solo “Carta de um Pirata”. Veio a proposta de falar de liberdade pelos olhos de um pianista privado da sua, e a parceria com Saulo, historiador, escritor, advogado e também ex-professor no sistema prisional, vivência onde foi buscar referências para a peça.

O espetáculo será acessível em libras e audiodescrição para cegos, mas neste último caso, é preciso fazer agendamento prévio, já que as vagas são limitadas.

DOL

(Diário do Pará)

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