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Jussara Derenji preside Comitê Memória do Mundo da Unesco no Brasil

A professora Jussara Derenji é arquiteta de formação e dirige o Museu da UFPA desde 2002. Além dessa função, ela é curadora de diversas exposições e criou vários projetos que ajudaram a aumentar o acervo da instituição. E mesmo com tantos compromissos, ac

A professora Jussara Derenji é arquiteta de formação e dirige o Museu da UFPA desde 2002. Além dessa função, ela é curadora de diversas exposições e criou vários projetos que ajudaram a aumentar o acervo da instituição. E mesmo com tantos compromissos, aceitou mais um. Ela acaba de assumir, em dezembro último, a presidência do MOW - Comitê Memória do Mundo da Unesco (em inglês, Memory of the World Programme), do qual participa desde 2015 exercendo a função de representante dos arquivos privados.

O Comitê existe desde 1992 e há 10 anos está no Brasil com objetivo de nominar documentos raros, inéditos e únicos. É formado por especialistas na área de documentação, arquivos e bibliotecas, além de especialistas em outras áreas, como história e preservação. Os mandatos são de dois anos, prorrogável por mais dois. Como presidente, ela afirma que deseja colocar a região Norte em evidência.

“O convite para fazer parte do Comitê já era um grande avanço, porque sou o único membro da região Norte. E esse membro chegar à presidência é muito importante para estimular as nominações na região”, diz a professora. “Aceitei porque acho que posso tentar aumentar os casos de nominação não só do Pará, como do Amazonas, Amapá, Acre... Não há uma participação maior dos estados do Norte porque tem pouco conhecimento do que seja o Comitê, da técnica do formulário para inscrever um documento para ser nominado, entre outros entraves”, aponta Jussara.

Atualmente, existem 104 documentos nominados no Brasil e só um deles é do Norte: o mapa do pesquisador Curt Nimuendajú, que percorreu o Brasil em meio aos índios por mais de 40 anos e seus documentos fazem parte do acervo do Museu Goeldi. “São documentos importantes para a humanidade”, observa.

As nominações são realizadas todo ano pelo Comitê, no máximo de dez por ano. E Jussara destaca que “não é um processo fácil”. As propostas precisam ser muito bem elaboradas, há um rigor técnico, e elas passam por uma triagem antes de chegar às mãos dos membros do Comitê. “Se for considerado passível de nominação, o processo vai para as mãos de dois membros, que dão seus pareceres favoráveis ou desfavoráveis. A decisão final é tomada pelos votos dos 18 membros”, explica.

O documento precisa ter valor histórico e ela lembra com exemplo o registro do primeiro casamento gay. “O documento tem que ser raro ou demarcar uma transformação, algo importante para a memória nacional. O primeiro casamento entre gays marca uma mudança na nossa estrutura social. Pode haver inúmeros casamentos depois, mas esse oficialmente é o primeiro, é um marco delimitador para a nossa história e por isso merecia ser nominado”, explica.

Jussara já começou seu mandato, que deve ir até 2019. E para quem é tão envolvida com arte, memória e preservação, lidar com uma missão como essa pode ser fascinante. “É apaixonante e muito importante, porque imagina-se que a região Norte tenha uma infinidade de documentos que podem ser devidamente apresentados e chegar a ser reconhecida essa importância deles. Espero contribuir para isso”, comemora.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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