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Escritor abre as portas de sua casa no município de Colares para receber leitores e amante

A placa “Livraria de Colares”, confeccionada em madeira nobre, é pequena e passa quase despercebida diante dos bonecos monumentais de extraterrestres na frente da casa. Pendurado no portão do pátio, o letreiro é um convite para entrarmos. Na sala da casa,

A placa “Livraria de Colares”, confeccionada em madeira nobre, é pequena e passa quase despercebida diante dos bonecos monumentais de extraterrestres na frente da casa. Pendurado no portão do pátio, o letreiro é um convite para entrarmos. Na sala da casa, para onde quer que olhemos nos deparamos com o colorido nas prateleiras. São livros de diversos tamanhos, espessuras e capas diversas. Entre as obras, algumas que recebem a assinatura do próprio dono da casa, o escritor Agildo Monteiro Cavalcante, que, sorridente, recebe os visitantes e dá as boas-vindas. “A minha casa é de vocês. Sintam-se à vontade!”, anuncia.

Agildo é reservado quanto a sua história pessoal. Não nasceu em Colares, no nordeste paraense, mas abraçou a cidade e tem orgulho de se apresentar como “Cidadão Colarense” – o que de fato é, pois há duas décadas foi condecorado com este título pela prefeitura e Câmara Municipal do município.

A livraria do escritor é a única que existe na região e, mais que um espaço para a leitura e lazer, é uma espécie de museu particular que divide com a cidade. “Eu tenho peças que fui reunindo ao longo de anos aqui, na cidade. Uma delas é esta telha que pertenceu ao primeiro coreto de Colares. Foi trazida da França e quase se perdeu com a derrubada do coreto”, aponta Agildo.

O coreto ficava em frente à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário – a igreja Matriz de Colares. “A lembrança que temos do coreto, hoje, é basicamente apenas esta telha, que é de uma cerâmica diferente, e esta foto que temos da igreja, na década de 1970”, comenta.

Entre as peças que possui em sua galeria - a qual batizou de “Memorial de Colares” – também encontram-se moedas dos séculos 19 e 20, recortes de jornais, boias de embarcações antigas, quadros... “Um morador da cidade foi construir a sua casa e, na escavação, encontrou um cachimbo de caráter rústico, artesanal. Estou pesquisando para saber se pertenceu a tribos indígenas que habitaram a ilha há mais de 400 anos”, frisa.

Também tem procurado estudar uma espécie de baú metálico que foi encontrado em um terreno próximo à praia do Humaitá. “Esta é uma peça que certamente vou precisar consultar muitos pesquisadores para verificar de qual época é. Acredita-se que este baú seria usado para enterrar ouro da nobreza na época da colonização da Amazônia”, diz.


Imagens interna do museu/livraria, e na parte externa, a referência aos Et's de Colares (Fotos: Wagner Santana)

Ajuda dos moradores da ilha para construir acervo

Parte das peças da coleção particular Agildo conseguiu com os próprios moradores da ilha, que consideravam os objetos como meras “quinquilharias”, sem importância ou valor. Reunidas entre os livros, deram à livraria um aspecto de museu.

A conversa com escritor pode levar a tarde inteira e a pessoa nem perceber o tempo passar. Agildo já perdeu as contas de quantos livros tem no espaço – quantos estão disponíveis para venda e quantos disponíveis apenas para consulta. “Só da minha autoria são 17 livros”, enumera. Agildo.

Um dos livros de Agildo Cavalcante ganhou uma segunda edição e o lançamento aconteceu no último dia 17 de novembro, na Câmara Municipal de Colares. “A ilha de Colares na Amazônia: Fenômeno Prato-Voador” conta a história mais conhecida da cidade, que foi a do aparecimento de objetos luminosos voadores não identificados, no ano de 1977, e o ataque destas luzes contra os moradores. “Todo mundo tem a obrigação de conhecer a sua história e a história da região onde mora”, frisa o escritor. “Colares é uma ilha mística, encantada por mistérios e de muitas histórias”, acrescenta.

O próprio autor destaca que não escreve poesias. “Não sou poeta. Na prosa eu conto a história da Amazônia”, resume.

(Denilson d’Almeida Especial para o Você)

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