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Artista visual Italo Brito expõe na Fotoativa, imagens resultantes de pesquisa

Da união de elementos de um scanner abandonado e uma câmera fotográfica antiga, o artista Ítalo Brito criou um terceiro aparelho, uma mistura dos dois dispositivos, para fazer experimentações com imagens. E do erro, da falha, do inusitado do imprevisível

Da união de elementos de um scanner abandonado e uma câmera fotográfica antiga, o artista Ítalo Brito criou um terceiro aparelho, uma mistura dos dois dispositivos, para fazer experimentações com imagens. E do erro, da falha, do inusitado do imprevisível acabou criando uma série de fotografias que, além da materialidade enquanto imagem, propõe o diálogo entre o digital e o analógico. O resultado será apresentado na exposição “Recódigo - Paisagem Hackeada”, que abre hoje, às 19h, na Associação Fotoativa, em Belém.

O projeto foi contemplado com o Prêmio Produção e Difusão Artística da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP) e começou a ser desenvolvido quando Ítalo Brito morava em São Paulo, onde fez pós-graduação. Pelo bairro de Santa Efigênia - conhecido pelo comércio de eletrônicos - ele vagava em busca de materiais novos e velhos descartados, para posteriormente criar novos aparelhos com os quais pudesse produzir imagens. Na mostra na capital paraense, ele expõe mais de 20 imagens, entre fotografia em papel algodão, projeção de vídeo, imagens em acetato, lambe-lambe e em tablets, além dos aparelhos construídos nessa trajetória.

“A pesquisa tem esse caráter experimental desde quando comecei na fotografia. Em São Paulo, passei a fazer essa pesquisa com mais afinco e não tinha ideia do que ia me trazer como resultado. Basicamente comecei a trabalhar com câmeras escuras, depois passei a unir com celular e smartphone, construir mesmo esses equipamentos e aparatos e misturar tecnologias, do lado físico e virtual. E a partir daí iam surgindo resultados, por exemplo, como o do sensor desse scanner, sempre com algo digital para capturar imagem”, explica o artista.

Para Ítalo, menos importava que a foto fosse ficar esteticamente agradável ou viável de se tornar algo a ser exposto, já que a pesquisa também se debruça sobre o campo teórico da produção de imagens na arte contemporânea. Então, o próprio erro acabou sendo assimilado como a obra, em detrimento da técnica e até mesmo de uma tradição poética da fotografia - o que já algum tempo, ao menos desde a década de 1970, com a ascensão da arte conceitual - já se tinha como algo propositivo no campo dos conceitos por uma vanguarda que atuava nos Estados Unidos e na Europa, como o famoso Grupo Fluxus.

“As imagens foram aparecendo nesse percurso sobre o conceito da errância dentro desse caminho e a gente nunca espera algo, não tem o esperado, tem o inesperado como fonte de criação de novas imagens. O acaso é determinante nessas linhas poéticas. Então, surgiram imagens distorcidas, de erro mesmo, de falha, por conta de um redimensionamento da imagem, em que se perde o referente e se ganha outro tipo de leitura. Quando ela vira digital, tende a se transformar num leitura ilusória. Nas minhas obras, não existe preocupação com a paisagem do jeito que ela se apresenta para a gente. E essa coisa do acaso acaba sendo uma espécie de trabalho”, afirma.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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