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'Antepassado' do Spotify mudou a maneira como ouvimos música

83% das pessoas usam o smartphone para ouvir músicas (Foto: Flickr/Creative Commons)   A invenção do CD deixou muitos engenheiros e amantes de música animados. Era a promessa de “som perfeito para sempre”. Mas nem todo mundo compartilhou desse entusia

Saiba como usar o poder da música a favor de sua produtividade (Foto: Flickr/Creative Commons)

A invenção do CD deixou muitos engenheiros e amantes de música animados. Era a promessa de “som perfeito para sempre”. Mas nem todo mundo compartilhou desse entusiasmo. O engenheiro da computação alemão Dieter Seitzer tinha uma ideia melhor, como conta o jornalista Stephen Witt, em seu livro Como a Música Ficou Grátis.

Depois de anos de pesquisa em uma disciplina conhecida como psicoacústica — o estudo de como os humanos percebem o som — Seitzer sabia que tanta “perfeição” era inútil. O ouvido humano não tem capacidade de captar tais nuances.

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Não fazia sentido prensar milhões de discos, embalá-los em recipientes de acrílico e transportar para lojas de todo o mundo, em prol de uma qualidade imperceptível. O plano do engenheiro era criar um centro computacional com músicas, que poderiam ser acessadas de qualquer lugar.

Hoje sua ideia não parece muito revolucionária. É mais ou menos isso que o Spotify faz. Mas era o ano de 1982, os computadores estavam a alguns anos de distância da casa das pessoas, e seu plano era distribuir as músicas por meio das novas linhas telefônicas digitais que começavam a ser instalados na Alemanha. A faixa seria escolhida direto no teclado numérico do telefone.

Sua ideia, porém, não era muito plausível. A patente foi negada. As linhas telefónicas modernas ainda eram muito rudimentares e os arquivos teriam que ser reduzidos para 1/12 do tamanho original. O áudio do CD usa 1,4 milhão de bits para armazenar um segundo de música. Seitzer queria fazer isso com 128 mil bits.

 (Foto: Vagalume)

O objetivo não era fácil. Foram necessários 12 anos trabalhando com uma equipe de especialistas, como Bernahrd Grill e Karlheinz Brandenburg, para atingir a marca. Nascia assim o mp3, abreviação de Moving Picture Experts Group, Audio Layer III.

Nem tudo, porém, correu bem desde o início. A empresa Phillips, desenvolvedora de outro padrão de áudio, o mp2, investia em seu produto. O mp3 era considerado complicado demais, demandando equipamentos mais modernos para fazer a compressão de dados. Um computador equipado com o recém lançado processador Pentium levava cerca de seis horas para ripar um álbum inteiro a partir de um CD.

Mas era a década de 1990. A tecnologia computacional se desenvolvia de forma nunca antes vista e a internet começava a invadir a casa das pessoas. Os primeiros MP3 players chegaram ao mercado, mas ainda era difícil encontrar as músicas que buscava.

 (Foto: Vagalume)

Foi aí que um adolescente norte-americano de 19 anos, Shawn Fanning, inventou um software que permitia aos usuários compartilharem entre si as músicas, pioneiro na tecnologia P2P (ponto-a-ponto). Quem estava na frente de um computador entre 1999 e 2001 sabe do que estamos falando: era o Napster, que apesar de sua breve existência, deu o impulso final na revolução da forma como consumimos música.

Hoje ninguém mais ouve CDs, sendo preteridos até pelos discos de vinil, tecnologia que buscava substituir. Mas é no smartphone que a maioria das pessoas escuta música atualmente, de acordo com a pesquisa “All About Music”, realizado em parceria entre o site Vagalume e o instituto Catapani Associados.

 (Foto: Vagalume)

De acordo com estudo realizado com pessoas entre 15 e 35 anos, 83% das pessoas ouvem música no celular e 76% no computador. Já 64% das pessoas escutam música enquanto estão se locomovendo. Com tamanha facilidade, mulheres ouvem em média sete horas de música por dia, enquanto os homens o fazem durante seis horas. E tudo graças ao plano arrojado de um alemão.

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Fonte: Revista Galileu

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