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Octavio Cardoso mostra diálogos entre campo e cidade em série de imagens sobrepostas

No encontro de imagens, duas realidades contraditórias e até mesmo conflitantes. Em “Notícias Nem Sempre Felizes”, exposição do fotógrafo e editor do DIÁRIO Octavio Cardoso, o cenário urbano e a vida interiorana dialogam sobre os avanços da tecnologia, a

No encontro de imagens, duas realidades contraditórias e até mesmo conflitantes. Em “Notícias Nem Sempre Felizes”, exposição do fotógrafo e editor do DIÁRIO Octavio Cardoso, o cenário urbano e a vida interiorana dialogam sobre os avanços da tecnologia, a relação com o meio ambiente, qualidade de vida, moradia e outras questões presentes em cidades como Belém, em que arranha-céus convivem com comunidades ribeirinhas a apenas alguns minutos de distância.

A série fotográfica é resultado do Prêmio de Pesquisa e Experimentação Artística da Fundação Cultural do Pará e terá sua primeira mostra aberta ao público hoje, às 19h, na Casa das Artes (antigo IAP). “É um prêmio de experimentação, não tem a obrigação de apresentar exposição, um resultado final. Quis aproveitar a oportunidade para tratar questões que há muito tempo vinham me incomodado, mas nunca estavam no meu trabalho”, diz Octavio.

Das fotografias azuladas, em preto e branco, remetendo a lugares tranquilos, “meio que arrumados”, diz ele, Octavio passou a querer falar de questões do dia a dia.

“Todas essas viagens que faço para o Marajó, indo e voltando, foram tornando mais claro o contraste dessa vida do meio urbano com o rural. A gente vive em um lugar em que esses dois mundos são muito próximos. E quis experimentar colocar uma imagem dentro da outra”, explica.

Octavio conta que tinha duas opções para fazer o encontro entre as imagens. Uma era fazer uma foto, imprimir e levar para algum lugar diferente de onde foi feita. “Isso exigia muito planejamento, pensar as fotos, levar para os lugares e decidir qual entraria ali”. Outra era fazer as primeiras fotos, que ele chama de “foto base”, fazer as fotos de contraponto usando um quadro em branco na composição e depois ver que fotos dialogavam melhor, colando as bases nos contrapontos durante a edição.

“Houve uma ida e vinda de trabalho, entre o interior e a cidade, uma coisa foi alimentando a outra, depois tu começas a ter um monte de imagens para serem coladas. Fica num quebra-cabeça para criar esse diálogo”, diz ele. As imagens não têm a intenção de dizer que “tudo no interior é lindo e na cidade nada presta”. Em uma das imagens, uma casa simples aparece com seu varal cheio de roupas para secar e, dentro dela, a imagem de uma máquina de lavar roupas.

Ao longo do processo de criação, Octavio refletiu sobre como na cidade há problemas gravíssimos que, com toda tecnologia, as pessoas não conseguiram resolver. “Você pode falar com pessoas do outro lado do mundo e não consegue lidar com lixo na porta de casa. Vive no meio da maior floresta do planeta, mas não sabe lidar com arborização. Passa um linhão de energia na floresta, mas ali no interior não tem energia. Aqui, a gente tropeça em contradições”.


(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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