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Em estreia Gidalti Jr. concorre na categoria Melhor Publicação Independente de Autor

Considerado o Oscar dos quadrinhos brasileiros, a 29ª edição do “Troféu HQMix” tem o ábum “Castanha do Pará”, do quadrinista Gidalti Moura Jr., entre os indicados na categoria Melhor Publicação Independente de Autor. São dez indicados pelo júri de esp

Considerado o Oscar dos quadrinhos brasileiros, a 29ª edição do “Troféu HQMix” tem o ábum “Castanha do Pará”, do quadrinista Gidalti Moura Jr., entre os indicados na categoria Melhor Publicação Independente de Autor. São dez indicados pelo júri de especialistas, que passaram a uma segunda etapa recebendo os votos de mais de mil profissionais da área. A entrega dos troféus está prevista para o dia 17 de setembro, em São Paulo.

O romance gráfico conta a história do personagem Castanha, criado corpo de menino e cabeça de urubu. Desde o amanhecer, ele circula pelo mercado do Ver-o-Peso em busca de abrigo, alimento, atenção e diversão. Entre pequenas contravenções e molecagens, vaga sem destino em meio à fartura de alimentos e ao visual exótico do bairro da Cidade Velha. Estranhamente, ninguém parece notar a sua aparência, ele faz parte de um grupo de cidadãos invisíveis, que simplesmente fazem parte
da paisagem.

“Relacionei os tradicionais urubus da região com o menino abandonado, criando assim um design híbrido, menino e bicho, mostrando ainda a intimidade do personagem, como a família, a rua onde morava e os amigos de infância, antes de a rua virar a sua casa favorita”, conta Giraldi.

O álbum foi estreia do paraense em quadrinhos, e ele recebe a indicação ao “HQMix”, maior referência nacional do segmento, com grande satisfação. “Fui indicado em uma categoria muito específica e que contribui para um movimento de quadrinhistas, autores, cada vez mais forte, que têm produzido independente de editoras. Só reforça que fiz uma boa escolha em trabalhar de forma independente”, comemora.

Gidalti Jr. apresenta em “Castanha do Pará” caractertísticas do imaginário amazônico mescladas a uma Belém mais metropolitana (Foto: Divulgação)

Produção independente é natural

Castanha do Pará” foi financiado em grande parte através de crownfunding realizado em plataforma on-line e, para Gidalti Moura Jr, a própria existência da categoria para publicações independentes dentro da mais importante premiação do país só reforça como a iniciativa de autores em publicar desta forma tem crescido.
“O quadrinho independente tem ganhado força assim como a produção independente em outros gêneros: o cinema, a literatura, a música. E essa presença em premiações tem mostrado como a produção independente é relevante”, destaca. Essa relevância, acredita, vem da originalidade em apresentar projetos que o público não consegue ver pelos caminhos mais tradicionais, como a sala de cinema, a loja de disco, a banca de revistas.

“Cada vez surgem mais maneiras de se viabilizar projetos independentes. A quantidade de trabalho realizados por financiamento coletivo, acredito, já deve estar maior que o de lançamento por editoras. Então essa premiação é muito importante, assim como a iniciativa dos autores. Acho que hoje a produção independente se tornou quase o caminho natural”, afirma.

O repercussão do trabalho junto aos leitores, desde sua arrecadação para ser publicada, também tem sido motivo de alegria para o autor. “Essa semana recebi o contato de um bibliotecário, acadêmico do México, que gostou muito e me disse que estava disponibilizando o álbum na biblioteca deles. Acredito muito na obra que fiz, coloquei muito conhecimento e estudo nesse projeto”, diz Gidalti, que tem participado de diversos eventos para lançamento de “Castanha do Pará” em cidades como Recife, Ribeirão Preto, São Paulo e Belém.

“Acho que as pessoas estão acostumadas a consumir a Amazônia, o Norte, Belém, pelo seu lado exótico. E no meu trabalho tento buscar um pouco de uma Amazônia mais metropolitana. Belém é uma cidade grande e também tem suas mazelas mescladas a essas características do imaginário amazônico que as pessoas têm. Acho que apresentar um contexto urbano de violência, muito comum em cidades da América Latina, é um ponto que desperta interesse. Além disso, as pessoas identificam essa estética amazônica, enquanto se surpreendem com o realismo da cidade”, diz o autor sobre o interesse que o trabalho tem gerado por aí.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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