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Thiago Castanho demorou, mas finalmente aceitou um convite para apresentar um programa

"Decidi meter a cara meti a cara. Foi algo que aconteceu. Na TV a gente alcança mais pessoas; no restaurante temos uma demanda limitada” (Foto: Eliana Rodrigues/Divulgação)  O chef paraense Thiago Castanho demorou um tempo para aceitar convites para assu

"Decidi meter a cara meti a cara. Foi algo que aconteceu. Na TV a gente alcança mais pessoas; no restaurante temos uma demanda limitada” (Foto: Eliana Rodrigues/Divulgação)

O chef paraense Thiago Castanho demorou um tempo para aceitar convites para assumir o comando de um programa de televisão. Ele ainda não se sentia preparado para a missão midiática e chegou a recusar propostas. Mas quando aceitou, não teve muito tempo para pensar, não. Recebeu o telefonema da equipe do canal GNT para apresentar o reality show “Cozinheiros em Ação”, que estreia no próximo dia 10 e, em uma noite, topou.

Foi no mesmo dia em que inaugurou o bar do restaurante Remanso do Bosque, em Belém. Ele saiu na madrugada do seu estabelecimento rumo ao aeroporto e no caminho dos estúdios ficou sabendo do que se tratava. “Dois dias antes de começar a gravação me ligaram e tive apenas uma noite para pensar se dava para eu fazer ou não. E eu aceitei”, revela.

E o aceite teve a ver com a sua própria história de vida: Thiago nasceu em uma família numerosa, do interior do Pará, Bragança. De lá tem memórias das casas de farinha, da mesa de festas fartas, afinal o avô materno tinha 12 filhos. O pai, Francisco, é de Santarém, no oeste do estado, o que lhe trouxe também outras referências de culinária amazônica. Depois que os pais decidiram abrir um restaurante, Thiago não saiu mais dessa seara, tanto que ele brinca que metade de sua vida já
é só de gastronomia.

O “Cozinheiros em Ação” tem esse quê de familiar, pois a base é a comida caseira, do dia a dia, e os participantes também têm laços. O fato de os integrantes não serem cozinheiros profissionais foi outro motivo que o instigou, dada a possibilidade de troca experiências de uma maneira menos formal, podendo ensinar e também aprender.

“São pessoas que não têm prática profissional, motivo que me levou a assumir o desafio. Faz parte da minha história. Gosto de pensar no programa como um lugar de troca, mais do que competição”, diz.

Em um dos episódios, ele aproveitou a sua experiência com ingredientes da Amazônia para falar um pouco sobre a culinária local, destacando os usos da mandioca, os seus subprodutos, além das maneiras de cozinhar com o tucupi e uma infinidade de farinhas. Thiago acha importante falar sobre isso e a forma como nos relacionamos com a comida, de forma cultural. Mas pondera que modismos gastronômicos podem ser superados em prol da pesquisa e da identidade de cada um.

“O problema é usar muito o que se tem fora, tentar forçar algo que não precisa. Também não preciso fazer somente produto folclórico, é assim que vejo, cada vez mais nesse movimento”, analisa.

Ele não tinha planos

A televisão foi algo natural, mas não foi planejado nem era um objetivo de Castanho. Outros chefs começaram a aparecer mais em programas do ramo, de uns anos para cá. Mas quando passava pela sua cabeça que ele mesmo também assumiria um posto na TV, pensava em algo mais modesto.

“Imaginei que algum dia iria ocorrer, mas não agora”, comenta. Ele adianta que a experiência pode ainda se transformar em outra atividade, que faz mistério.

“Decidi meter a cara meti a cara. Foi algo que aconteceu. Na TV a gente alcança mais pessoas; no restaurante temos uma demanda limitada. Tenho alguns projetos, mas não posso falar muito sobre isso agora”, acrescenta.

Em setembro, Thiago participará de outro programa no GNT, o “Chefs Brasileiros”, tal qual os já apresentados “Arte Brasileira” e “Casa Brasileira”, com direção de Alberto Renault. Será desnudada a rotina de Thiago em Belém, seu treino de jiu-jitsu e uma viagem a São Caetano de Odivelas, de onde recebe as ostras de cativeiro que serve em seu restaurante. Ele já esteve também no “MasterChef” este ano e comemora a popularização de programas televisivos do gênero, lembrando que, quando garoto, o único programa que falava de comida era o “Mais Você”, com Ana Maria Braga.

“Depois surgiram outros, no mesmo formato. Gosto de programas leves, de viagem, de conhecer a cultura, de me sentir viajando na televisão. Também acho que isso motiva as pessoas a cozinhar e a estabelecer uma nova relação com a comida”, comenta.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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