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Há 15 anos o Grupo AnaninDance usa as danças tribais para mudar a realidade de jovens

Sempre com um show novo, o grupo de dança AnaninDance, nascido na periferia de Belém, completa 15 anos em 2017 celebrando também seu papel social. “Ele nasceu na periferia com a ideia de dar ocupação para os jovens, mantê-los longe das drogas e da violênc

Sempre com um show novo, o grupo de dança AnaninDance, nascido na periferia de Belém, completa 15 anos em 2017 celebrando também seu papel social. “Ele nasceu na periferia com a ideia de dar ocupação para os jovens, mantê-los longe das drogas e da violência que estavam crescendo muito nos bairros de Val-de-Cans e Maracangalha”, relembra Cleito Pantoja, coreógrafo e idealizador do grupo criado apenas com o intuito social, sem um foco estético-artítico, visando atender a várias faixas-etárias, usando a arte como forma de transformação social.

“Nós trabalhamos com danças tribais baseadas na cultura indígena e com o boi-bumbá, que é mais bailado. Assim, jovens que normalmente gostariam de funk, forró e brega acabam gostando também das danças apresentadas pelo grupo”, explica Cleito.

Foi assim com Denilson Borges, 23, que participa há cinco anos do AnaninDance. Foi assistindo a algumas apresentações que ele começou a ter vontade dançar, mesmo sem qualquer experiência anterior. “Na época eu estudava com uma amiga que dançava no grupo. Falei com ela, que me levou. Logo no primeiro dia eu já ensaiei com eles. Vi que ia me fazer bem”, diz Denilson.

O grupo está sempre renovando seu repertório a partir de pesquisas realizadas pela sua comissão de arte. “É ela que elabora os temas, pesquisa as músicas, indumentária, mitos e lendas de tradição indígena e a forma como a gente pode trabalhar isso no grupo”, explica Cleito. Para este ano, o grupo está com o espetáculo comemorativo chamado “Amazônia de Alma Indígena”, incluindo bailados, rituais e lendas em seu enredo. O cuidado e detalhamento com os quais o grupo trabalha já renderam várias premiações em festivais locais, e dessa vez não deve ser diferente.

“Somos até hoje os maiores campeões de festivais de toada da região, com mais de 20 trofeus ganhos em disputas diretas com os demais grupos, e os únicos com sete trofeus na categoria ‘conjunto da obra’, em que são analisados vários aspectos da apresentação”, comemora Cleito.

Atualmente, o AnaninDance conta com 18 integrantes, todos acima dos 18 anos. Os mais jovens, de 12 a 17 anos, formam oAuê Tupã, hoje com 13 integrantes. “Esse grupo existe há 10 anos e a intenção é no segundo semestre formar o Atikum Mirim, grupos para os menores de 12 anos”, antecipa Cleito. Para todos os grupos há sempre uma procura constante de vagas.

(Divulgação)

Projeto social mantém outras ações para a comunidade

Um dos motivos de orgulhos dos integrantes do AnaninDance é que o grupo também ajuda a fomentar outras atividades sociais, como o projeto Ensaio Aberto, com dança sendo ensinada na praça do bairro. Nele o destaque está em ritmos como o aerotribal e o aeroboi.

“São aulas de ritmos com toadas de boi-bumbá. A intenção é perder calorias mesmo e levar as pessoas a conhecer essas músicas. A maioria do público é adulto, terceira idade, que já costumava caminhar e usar a academia ao ar livre da praça”, conta Cleito Pantoja. A atividade ocorre todas as terça-feiras, às 18h, na pracinha do CDP, próximo ao conjunto Paraíso dos Pássaros. “Essas atividades estimulam as pessoas a gostarem de arte. Para nós, estimula o interesse na escola, respeito à família...”, comenta o dançarino Denilson Borges.

O grupo atualmente conta com o apoio da própria comunidade para manter suas atividade e ações sociais e orgulha-se de sempre buscar melhorar a qualidade do que apresenta nos palcos, escolas e nas ruas do bairro. “No segundo semestre a gente volta às atividades incluindo o projeto de ter uma banda própria. Queremos produzir nossas próprias músicas para apresentações, para que o show vá ficando cada vez mais autoral. Queremos que o grupo cresça para valorizar ainda mais a nossa cultura”, finaliza o coreógrafo.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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