Universo Casuo com conceitos da arte circense

Após o sucesso da turnê internacional, o artista Marcos Casuo, único brasileiro que chegou a protagonizar um espetáculo do Cirque du Soleil, vem a Belém para mostrar o “Universo Casuo – Grand Spectacle du Cirque”. A apresentação será hoje, às 21h, na Arena Mangueirinho, incluindo números acrobáticos, clown, músicas e efeitos especiais em um universo paralelo regado por cores, sonhos e fantasias capazes de conquistar das crianças aos adultos. A montagem é um novo conceito em arte circense, “com uma exibição altamente moderna, mas com a essência lúdica do mundo do circo”, afirma o artista.

O espetáculo conta a história de um universo paralelo, o “Universo Casuo”, um lugar mágico onde tudo é possível. Nele, o personagem denominado Jean Francua o Clown, percebe que a Terra, o “Planeta Azul”, o qual antigamente esbanjava cores, hoje está desbotada e quase sem cor. O Clown resolve atravessar o portal, entrar no nosso mundo e trazer de volta todos os sonhos, fantasias e tornando novamente colorido. Ao longo desse percurso, é possível conhecer ainda muitos outros personagens e esse lugar multicolorido de onde o personagem vem e aonde só se fala o idioma “gramelô”.

Marcos conta que desenvolveu a ideia do “Universo Casuo” após anos de pesquisa em viagens ao redor do mundo com o espetáculo “Alegria”, do Cirque du Soleil. No palco/picadeiro são realizados uma série de números envolvendo equilibristas, malabaristas, músicos e outros artistas com performances aéreas e em solo, assim como pequenos enredos trazidos com toda a poesia do clown e que apresentam esses personagens. Entre eles, Tayrone e Zumir, inimigos que acabam se apaixonando; Luna e Lunia, irmãs gêmeas com poderes mágicos; Angel, que resgata as brincadeiras de criança; e Anuchavan, que tem o poder de se transportar para outras dimensões com uma mandala – um aro gigante usado para fazer acrobacias.

O espetáculo tem a mesma plataforma do Cirque du Soleil, mas com toques especiais na iluminação e no figurino. “O figurino do espetáculo é de encher os olhos; feito a mão, foi pintado com as cores da cromoterapia, nos tons infinitos do Universo que é vasto e rico em degradês, brilho, cores e principalmente luz”, destaca Casuo. Já o do protagonista, tem um toque a mais, é assinado por Chico Spinoza, conceituadíssimo figurinista e carnavalesco de imenso talento que já mostrou seu trabalho nas melhores escolas de samba de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para criar a atmosfera perfeita, o espetáculo tem uma banda própria que também é personagem: a The White Clowns. Os músicos irão apresentar novas composições, como “El Goru” e “Auroras” (Foto: Divulgação)

Show para sonhar de olhos abertos

Outras exclusividade do espetáculo é a banda The White Clowns, que interpreta uma trilha sonora originalmente composta por Charlie Dennard e que tem recebido novos arranjos e composições inéditas articuladas pelo diretor musical do espetáculo, Igor Pimenta. Entre as novas composições “El Goru” e “Auroras”, que colaboram para o público se sinta “em um lugar lúdico e encantado, onde pode-se sonhar de olhos abertos”, descreve Casuo. A banda é também personagem, formada por vários clowns que acabam também cativando o público.

NASCE UM CLOWN

Marcos Casuo se considera “um clown por nascença”, que começou a se interessa pela arte da expressão corporal através da capoeira, aos oito anos de idade, o que depois se estendeu para o teatro, a dança, as artes plásticas, o breakdance e a ginástica olímpica. Sua estreia nos picadeiros foi no Grande Circo Popular do Brasil, onde realizava as performances que acabaram chamando a atenção do Cirque du Soleil. Em seus dois primeiros anos, Casuo se destacou como o único brasileiro a compor a equipe russa de acrobacias.

O brasileiro ainda chegou a ter um personagem com o seu próprio nome e, atualmente, o Cirque du Soleil utiliza cinco esquetes criados por Casuo no espetáculo “La Nouba”, vínculo que permanecerá por mais alguns anos. Seu personagem, Clown Casuo, também se tornou protagonista de um espetáculo do Cirque du Soleil, o “Alegría”, destaque que nenhum outro brasileiro havia alcançado. Foi motivo de crítica por sua audácia e sua criatividade, arrancando aplausos de mais de 12 milhões de pessoas em mais de 20 países. O ápice de sua carreira veio em Londres, no Royal Albert Hall, onde foi reconhecido como um dos 10 melhores clowns do mundo. Porém, após oito anos como uma das principais estrelas do Cirque du Soleil, Casuo foi em busca de mais um sonho: criar uma forma própria de transmitir a alegria e o aprendizado adquiridos na trajetória vitoriosa que o levou ao Cirque du Soleil. Assim nasceu o Universo Casuo.

Seu criador destaca que o circo sempre esteve no coração da humanidade, mas no Brasil são poucos os trabalhos voltados para a arte circense, assim como não existe nenhuma companhia que se compare à grandes empresas internacionais, como o Cirque du Soleil e o Circo Imperial da China. “Além disso, quando se apresentam no Brasil, essas e outras companhias internacionais oferecem espetáculos a preços praticamente inacessíveis para a maioria da população”. E foi pensando nisso, que ele criou este projeto, “de um espetáculo composto essencialmente por artistas brasileiros e que valoriza a produção cultural e artística do País”.

CONFIRA ESSE ESPETÁCULO

Universo Casuo – Grand Spectacle du Cirque
Quando: Hoje (26), às 21h (abertura dos portões às 20h)
Onde: Arena Guilherme Paraense - Magueirinho (Rod. Augusto Montenegro, 524, Mangueirão)
Venda de ingressos: Loja É Show (Boulevard e Parque Shopping), Quiosque Bonita (Pátio Belém), Espaço Cultural (Bosque Grão Pará) e site Bilheteria Digital
Informações: (91) 3355-5202/ 98881-5202

(Lais Azevedo/Diário do Pará)