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Semana Nacional dos Museus abre hoje em Belém

Eles não são apenas um espaço de pesquisa, exposições ou educação. Os museus ajudam a construir histórias e narrativas – articulam memórias. No entanto, narrar o passado é reinventá-lo, é colocá-lo sob o filtro interpretativo de seu narrador. Como pensar,

Eles não são apenas um espaço de pesquisa, exposições ou educação. Os museus ajudam a construir histórias e narrativas – articulam memórias. No entanto, narrar o passado é reinventá-lo, é colocá-lo sob o filtro interpretativo de seu narrador. Como pensar, então, as histórias contadas pelos museus?

As narrativas museográficas são produzidas a partir de escolhas, disputas de poder e silêncios. Nelas estão contidos os usos de determinados passados, materializados nos objetos de acervo e circunstanciados pelos interesses do presente e daqueles que os narram. Tal seleção produz ausências e esquecimentos; é o que chamamos de “não dito”.

Partindo dessa premissa, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) convidou todas as instituições museológicas a uma reflexão sobre o tema “Museus e Histórias Controversas: Dizer o Indizível em Museus”. Quais as histórias que nossos museus estão contando? Como eles colaboram para a construção ou para o questionamento das versões oficiais dos grupos dominantes? Quais outras histórias precisam ser lembradas? Como trabalhar o confronto entre lembranças e esquecimentos? É com esse pensamento crítico que inicia hoje, em todo o país, a programação da 15ª Semana Nacional de Museus.

“É um tema um pouco difícil. Subjetivo. Mas um tema que se presta a uma reflexão maior. É um tema escolhido internacionalmente – o evento é uma iniciativa internacional que o Brasil passou a adotar – e veio essa coisa de dizer o indizível, uma tarefa que não é só a temática do evento, mas de todo museu… O que não se diz, não aparece? Como falei, é uma reflexão do próprio profissional do museu, como ele vai trazer essa parte que não é dita para os museus? Isso gera grandes discussões e queremos que seja discutido exatamente nessa programação”, comenta a Jussara Derenji, diretora do Museu da UFPA.

Ao olhar para o indizível, preconceitos são confrontados e outras possibilidades de narrativas são levantadas. Toda programação é então voltada a refletir sobre as ausências, tendo em mente as inúmeras possibilidades de construção museológica que essas instituições oferecem. “Seus silêncios podem nos ajudar a pensar sobre a própria elaboração e representação do passado, bem como sobre os dispositivos de poder mobilizados na legitimação de memórias. E o grande desafio é articular os silêncios com as peças de acervos, de modo a construir ritmo e harmonia expográficos”, declara o Ibram em sua carta-convite aos museus de todo o país.

“O museu participa desde que a Semana foi criada. É muito importante para os museus participarem, é um esforço dos museus do mundo para serem mais visitados, valorizados pela população. O Museu da UFPA tem muito prazer em participar, sempre preparado com antecedência. Temos a exposição em curso do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, tem oficinas, palestras. Sempre temos visitação normal nesse período, estimulada pelo Prêmio Diário, que traz estudantes, e tem esses eventos paralelos que estimulam os paraenses a conhecer o museu”, afirma Jussara Derenji.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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