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Guerreiras amazônicas dão tom à romance de Larêdo

Salomão Larêdo planeja lançamento de livro no segundo semestre, pela editora paulista Empíreo. rafael tomazi/divulgaçãoLogo depois de publicar o “Olho de Boto”, seu 40º livro, o escritor paraense Salomão Larêdo passou a dedicar-se uma nova história, o rom

Salomão Larêdo planeja lançamento de livro no segundo semestre, pela editora paulista Empíreo. rafael tomazi/divulgaçãoLogo depois de publicar o “Olho de Boto”, seu 40º livro, o escritor paraense Salomão Larêdo passou a dedicar-se uma nova história, o romance “As Icamiabas - Lenda das Amazonas - Paíz das Pedras Verdes”, em que cria personagens e um universo inteiro baseado na lenda destas guerreiras amazônicas. A obra está sendo editada pela Empíreo, de São Paulo, e tem lançamento previsto para o segundo semestre.

Conhecido por um trabalho que sempre está ligado ao imaginário amazônico, para discutir problemas atuais, relações humanas, ele conta que desde “Sibele Mendes de Amor e Luta”, um de seus primeiros livros, falando sobre uma cabocla cabana que sai pela Amazônia conscientizando a respeito do que é a região, sempre gostou de trabalhar desta forma.

“No ‘Olho de Boto’ trabalhei com o relacionamento homoafetivo. Agora, queria tratar de outras questões e a lenda das Icamiabas cabia bem no que eu queria explorar”, comenta o escritor. Pesquisando referências em autores paraenses, Salomão conta que um livro importante foi “Terra de Icamiaba”, de Abguar Bastos. “Vários autores citam as amazonas”, diz o escritor, citando ainda “Remo Mágico”, de João de Jesus Paes Loureiro.

“Na minha ficção, as Icamiabas são mulheres que, diante da violência, falta de respeito, resolvem fazer outro país chamado ‘Paíz das Pedras Verdes’, que é o nome de um livro de outro paraense, o Raimundo Morais, autor das décadas de 1930/40. A proposta é ver como seria esse país, uma sociedade de mulheres, mas que também tem homem, que daria liberdade para as pessoas serem como quiserem, desde que quisessem conviver sem violências ou preconceitos”, explica Salomão. Sem se afastar da lenda, o escritor vai preenchendo a narrativa com personagens e conflitos necessários à reflexão.

As Icamiabas eram índias, guerreiras que não permitiam a presença de homens na tribo e, para afastá-los, lutavam com arcos e flechas. Diz a lenda que, para se tornarem exímias arqueiras, arrancavam o seio direito. Ainda de acordo com a lenda, uma vez ao ano elas realizavam uma cerimônia sagrada e convidavam os índios guacaris, a quem entregavam um muiraquitã após o ritual amoroso. “Aproveito a oportunidade do livro para falar um pouco sobre elas: por que ‘amazonas’, como era o relacionamento delas com os homens, seu ritual, como as meninas ficavam com elas e os meninos com os homens, e para que o muiraquitã era um presente para proteção dos homens, para não ficarem totalmente abandonados”, adianta o autor, cujo livro abre espaço para temas paralelos e tão atuais quanto uma sociedade a partir de uma iniciativa feminina.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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