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Médicos temem aumento de suicídios após série

A recém-lançada série "13 Reasons Why" (algo como 13 razões pelas quais), da Netflix, faz sucesso, principalmente entre adolescentes, por abordar temas polêmicos como suicídio. Contudo, o modo como a trama é conduzida tem preocupado médicos. Também conhec

A recém-lançada série "13 Reasons Why" (algo como 13 razões pelas quais), da Netflix, faz sucesso, principalmente entre adolescentes, por abordar temas polêmicos como suicídio. Contudo, o modo como a trama é conduzida tem preocupado médicos. Também conhecido pela abreviatura "13rw", o seriado, baseado no livro homônimo lançado em 2007, conta a história de Hannah Baker, uma adolescente que se suicida. Na história, a personagem aponta os motivos (como bullying e estupro) e as pessoas "culpadas" pelo ato.

A preocupação dos especialistas é que o seriado possa causar um efeito de imitação no mundo real, conhecido como "efeito Werther". Após a publicação do livro "Os Sofrimentos do Jovem Werther" em 1774, houve diversas mortes relacionadas à obra.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o assunto é veiculado ao público de modo adequado, pode ocorrer o efeito de prevenção de mortes e discussão saudável. Por outro lado, quando feito de modo descuidado –como muitos avaliam ser o caso–, o resultado pode ser exatamente o oposto. Segundo recomendações da OMS para a veiculação de conteúdos relacionados ao suicídio, não se deve tentar atribuir culpas.

Para Neury Botega, professor da Unicamp e fundador da Abeps (Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio), um dos problemas da série é a ideia de apontar os culpados. "O suicídio é um fenômeno complexo o bastante para não suportar uma explicação simplista, uma causa e efeito", afirma.

Outra questão problemática levantada por especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo e também por participantes de grupos de discussão sobre a série é a romantização do suicídio. A história da adolescente contada no pós-morte já traz esse elemento, de acordo com Luís Tófoli, professor de psiquiatria da Unicamp.

Cenas "perigosas"

A cena mais perigosa da série, segundo os médicos, é a que mostra o suicídio. "É sensacionalismo deletério, prejudicial para os jovens", diz Alexandrina Meleiro, coordenadora da comissão de estudo e prevenção de suicídio da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

Segundo a OMS, não se deve mostrar métodos ou imagens de suicídio. A preocupação é com adolescentes vulneráveis, que podem estar enfrentando problemas ou doenças mentais como a depressão. "A série pode, sim, mobilizar uma pessoa que está muito vulnerável para um ato autoagressivo", diz Botega.

Botega afirma que, ao fim de cada episódio, seria adequado a série destinar alguns poucos minutos para uma fala mais real sobre o assunto, sobre modos de buscar ajuda e pessoas que superaram os problemas presentes.

(Com informações da Folha de S. Paulo)

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