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A revolução fashion que busca conscientização

Em 2013, mais de 30 pessoas morreram após o desabamento de um prédio em Dhaka, capital de Bangladesh, onde funcionava uma fábrica de tecidos. Outras quase 2,5 mil ficaram feridas, de acordo com a BBC. O acidente foi o estopim para o início de mobilizações

Em 2013, mais de 30 pessoas morreram após o desabamento de um prédio em Dhaka, capital de Bangladesh, onde funcionava uma fábrica de tecidos. Outras quase 2,5 mil ficaram feridas, de acordo com a BBC. O acidente foi o estopim para o início de mobilizações que questionam o sistema de produção industrial de roupas, como foi o caso da criação do “Fashion Revolution”, que tem o objetivo de perguntar aos consumidores: “você sabe de onde vem a sua roupa?”. A partir de articulações no mundo inteiro, a empresária e empreendedora social Tainah Fagundes decidiu trazer o movimento para Belém.

A programação ocorre hoje, dentro do “Circular Campina - Cidade Velha”, na loja Da Tribu, no bairro da Campina, e reúne convidados para discutir sobre moda consciente, que possa ter menos impacto negativos para quem está na base dessa cadeia produtiva. Esta é a segunda vez que o encontro em torno do movimento é realizado na capital paraense e a ideia é promover um dia de ciberativismo por meio da hashtag #whomademyclothes? (quem fez minhas roupas?) e, ao menos, incitar o debate sobre a indústria da moda.

“Acredito que é necessário somar articulações que ocorrem no mundo, não é só um pensamento da loja ou algo temporário, é uma necessidade de mudança, de compreender processos de transformação para o mundo. A gente convida as pessoas para entrar em contato com essa ideia, traçar esse debate e fazer essa pressão na indústria, para repensar as práticas. O momento é de olhar para esse cenário, mostrar que não admitimos trabalho escravo, tampouco acidentes como o de Bangladesh”, explica Tainah.

O tema da campanha este ano é “Money Fashion Power” e toca no cerne da questão: o fluxo financeiro da moda. De acordo com Tainah, em 2016, 1.251 marcas brasileiras responderam à campanha virtual.

“Ainda existem muitas crianças trabalhando, dormindo em papelão no chão, em lugares sujos, trabalhando para marcas famosas como Zara e Forever 21. Precisamos pensar também no meio ambiente. Quando se faz tingimento, por exemplo, para onde vai essa água do índigo, que é sintético? Vai para o rio! E depois continua indo com as nossas lavagens em casa. Devemos pensar soluções”, acredita Tainah.

“Circular” cada vez maior e melhor

Em sua 16ª edição, com três anos de atividade, o “Circular Campina-Cidade Velha” se destaca na valorização da cultura e do centro histórico de Belém. Com uma filosofia que interliga a economia criativa e o patrimônio, o conceito do projeto se desenvolve tendo um de seus objetivos mostrar a vida cultural constante e ativa nos bairros da Cidade Velha, da Campina e do Reduto.

Com cerca de 35 espaços envolvidos, o primeiro “Circular” do ano traz novidades. Com a mescla de atividades ao ar livre, gastronomia, música e literatura, que já é uma de suas características, o público poderá acompanhar hoje a participação de novos parceiros, como é o caso da Na Figueredo, com a loja da Estação das Docas; a Casa 263, no Reduto; o Casarão do Boneco, com espetáculos teatrais; e o Casarão Viramundo, com cortejo e atividades ligadas ao teatro.

“Nesse período de atividade, conseguimos firmar o nome do projeto, ganhar visibilidade e conquistar importantes parceiros. Também conseguimos ser reconhecidos como um projeto da sociedade civil, pois cada cidadão que participa circulando nas edições, fazendo doações via Rouanet, são nossos parceiros e estão contribuindo para a legitimação do projeto”, comenta Makiko Akao, integrante da organização.

Uma das preocupações que o projeto possui é fazer com que a mobilização que ocorre por parte do poder público durante os dias de atuação do “Circular” possa continuar permanentemente, como é o caso do aumento de rondas policias para garantir a segurança, e que o turismo se viabilize de forma criativa no centro histórico.

“Queremos chamar atenção da classe empresarial e do poder público de que existe um potencial econômico no centro histórico que não está sendo visto ou priorizado. A maioria dos nossos parceiros trabalha com a economia criativa. Existem moradores e um centro a ser preservado com seu patrimônio arquitetônico. O que precisamos é revalorizar e divulgar, dar uma significação econômica. O ‘Circular’ acredita que o turismo cultural e criativo é uma dessas vias”, afirma Makiko Akao.

Serviço:

Fashion Revolution Quando: Hoje

Onde: Da Tribu (Rua Carlos Gomes, 117, Campina)

Informações: (91) 98032-0415

Programação9h-18h Construção do “Manifesto Ser Sustentável” 9h - Bate papo “A Transição Revolucionária da Moda”, com Yorrana Maia11h- Bate papo sobre “Vestir a Liberdade de Gênero”, com Lucas Mariano14h- Criativar: mostra de processos criativos sustentáveis de Kátia Fagundes (criação de adornos com técnicas de papel), Mônica Matos (incrustação de resíduos metálicos/ourivesaria artesanal) e Carla Beltrão tecidogravura/bordados gráficos).

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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