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Robert Bonfiglio toca com Orquestra Sinfônica

Ogaitista norte-americano Robert Bonfiglio ganhou aos cinco anos de idade, na meia de Natal (uma tradição nos Estados Unidos), uma gaita de presente. Ele recorda esse momento como o início de sua profícua carreira como instrumentista, uma unanimidade na h

Ogaitista norte-americano Robert Bonfiglio ganhou aos cinco anos de idade, na meia de Natal (uma tradição nos Estados Unidos), uma gaita de presente. Ele recorda esse momento como o início de sua profícua carreira como instrumentista, uma unanimidade na habilidade com a harmônica - como também é chamado o instrumento de sopro. É claro que a memória afetiva não é, de fato, considerada o momento inicial de sua carreira, mas ele tem lá as suas convicções para ter esta lembrança como germinal para sua trajetória.

Aos 66 anos, poético, ele define que tocar gaita é como “estar entre o riso e uma lágrima”, durante entrevista exclusiva ao Você, minutos antes de subir ao palco para apresentar-se junto à Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), na última semana, em Belém, com aos menos uns cinco exemplares de diferentes formatos e tamanhos. E diz mais: “a gaita é um instrumento que todos podemos nos relacionar. Se você perguntar quantas pessoas já tocaram, várias pessoas levantam a mão. Já se perguntar sobre violoncelo, talvez uma pessoa acene. É um instrumento das pessoas, para as pessoas”, disse.
Da lembrança da infância para a juventude, Robert teve mais um momento especial. Era início dos anos 1960 e ele,

adolescente, montou uma banda de blues. E foi aí que a decisão pela música se delineou. Foi para a Escola de Música de Manhattan, estudar composição. Mas era péssimo com o piano, onde geralmente se estudam os grandes clássicos da música erudita. “Eu tocava como digito, com os dois dedos”, e riu, fazendo o gesto dos indicadores em teclas imaginárias.

Lá ele estudou com Aaron Copland, compositor norte-americano, que inclusive fez parte do repertório executado no Da Paz. “Decidi que seria mais sério”, contou. Na década de 1980, ele já fazia programas de televisão e trilhas sonoras para comerciais, e filmes, como Kramer vs Kramer, de Robert Benton, com Dustin Hoffman. Essa versatilidade logo se transformou também em convites para se apresentar com orquestras. E até hoje, já foram mais de 200 no mundo inteiro, passando pelas Américas, Europa e Ásia.

Na lista constam: Minnesota Orchestra, Orchestre de la Suisse Romande, as filarmônicas de Los Angeles, Hong Kong, Roterdã e da Cidade do México, Sinfônica de Pittsburgh, Sinfônica Nacional, Boston Pops e The New York Pops, Milwaukee Symphony, Indianapolis Symphony, Louisville Orchestra, Boston Pops and the New York Pops in the major halls of the world – Carnegie Hall, the Gewandhaus, Teatro Colón, Teatro Massimo, Kennedy Center, Boston Symphony Hall. Ele já passou pelo Teatro Amazonas, em Manaus, e por Macapá, ao lado de Campos Neto.

Quando perguntado sobre como se sente com um instrumento popular, da música popular americana, geralmente denominada folk, ao lado de orquestras, ele responde de maneira simples. “Todos os instrumentos de uma orquestra já foram antes de serem eruditos, rurais e artesanais. A flauta imita o som dos pássaros, o trompete era usado nas coroações de rainhas e reis, e até mesmo os violinos já foram violas. Mas tenho uma visão singular sobre a gaita que é um instrumento que todo mundo toca. Tem um apelo emocional importante, especialmente se for apresentado de forma solo”, explicou.

Em sua discografia, ele apresenta canções brasileiras como “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá e Antônio Maria, gravada originalmente para o filme “Orfeu Negro” (1959), dirigido por Marcel Camus. Ele também já gravou em 1989 e apresentou mais de 400 vezes as Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos.

E um detalhe curioso: há um tempo, Bonfliglio não cumprimenta as pessoas com apertos de mãos antes do espetáculo. Mas ele faz questão de justificar: “você já imaginou se você tem em sua mão o Chanel nº5. E eu mesmo que lave as mãos, quando for tocar, fique sentindo seu perfume?”, perguntou.

(Dominik Gisuti/Diário do Pará)

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