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Espaços permitem trocas e doações de livros

Quando Anne Cristina era criança, e ainda na adolescência, sempre trocou livros com amigos e colegas de escola. Aos, 34 anos, cursando Pedagogia, volta a procurar por quem esteja interessado em compartilhar aquele livro já lido e parado em casa. Belém tem

Quando Anne Cristina era criança, e ainda na adolescência, sempre trocou livros com amigos e colegas de escola. Aos, 34 anos, cursando Pedagogia, volta a procurar por quem esteja interessado em compartilhar aquele livro já lido e parado em casa. Belém tem poucos espaços que promovem a doação e a troca de livros, mas com um público que costuma ser fiel. Tem a “Feira do Livro na Praça da República”, promovida por um grupo de leitores da cidade; o ponto de ônibus do terminal rodoviário que permite deixar e levar livros e revistas; e o Museu da UFPA, que estreou essa semana o projeto “Troca de Livros”, que a Anne foi conferir.

“Eu vim em busca de livros da minha área de estudo hoje, que é a Pedagogia. Eu trouxe livros espíritas. Tinha muitos em casa e sei que são bastante procurados. Estavam há muito tempo guardados sem leitura. Resolvi trazer para dar a oportunidade de outra pessoa ler. Desde a minha adolescência sempre troquei livros com colegas. Tinha uma amiga que me doava sempre”, conta a estudante. E como é bom encontrar um livro que você não esperava achar assim, dando bobeira, de graça. “Eu li que era o livro favorito do Kurt Cobain (da banda Nirvana) e há muito tempo queria ler, quando vi aqui nem acreditei”, conta Pietro Raposo.

O estudante de 24 anos chegou à feirinha do museu com vários livros em perfeito estado, mas nem precisou trocar para levar “O Perfume”, de Patrick Süskind. O livro estava lá para quem quisesse levar, como muitos levados à feira pela Escola de Psicanálise “Corpo Freudiano”. “Lá a gente tem uma biblioteca de psicanálise, mas recebe vários livros que os alunos trazem e que frequentemente a gente doa porque são fora dessa área da psicanálise”, explica Letícia Bol, 37, responsável por levar os livros para doação.

“Em alguns casos até fazemos trocas realmente. Alguns livros que as pessoas acabam trazendo querendo pegar outros em troca são esgotados pelas editoras. É aquele livro velhinho, que as pessoas não dão importância e muitas vezes é justamente o que a gente está procurando para a nossa biblioteca de psicanálise”, conta Letícia. Consumidor assíduo de livros de ficção, Pietro conta que também tem boas surpresas quando vai a feiras como a da Praça da República. “Lá tem troca, venda, tudo. Agora, tem que garimpar, tem muita coisa ruim pelo meio”, diz ele.

Uma iniciativa na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) está incentivando o hábito da leitura entre os alunos do ensino médio a partir da ideia de doação e leitura compartilhada. O nome do projeto é “Livro Livre: A formação do leitor na educação básica” e coloca um armário cheio de livros à disposição dos alunos, que podem levar para casa e ler sem um prazo de tempo determinado, como acontece em bibliotecas.

Os livros do acervo são todos doados por professores, por estagiários da escola e pelos próprios estudantes. Quando o projeto começou, em setembro de 2015, o acervo contava com apenas 50 livros e, hoje, já tem mais de 300. Os livros são dos mais variados temas, desde clássicos da literatura até livros de ficção científica. “O empréstimo de livros é diário e isso me deixa muito feliz porque significa que os alunos estão correspondendo à iniciativa”, garante a professora Marinilce Coelho, idealizadora do projeto.Também é trabalhada a conscientização dos alunos na devolução dos livros após o empréstimo, para que também possam ser lidos por outros alunos. O projeto também resgatou uma mobília da escola que seria descartada. O armário que fica à disposição dos alunos foi reformado e ganhou uma nova serventia: abrigar os livros. O projeto é também inspirado no movimento “BookCrossing”, presente em mais de 130 países, que espalha livros em locais como praças, shoppings e ônibus.

SHOPPING

Há certa desconfiança. Em um ambiente conhecido pelo consumo, eles estão ali, em prateleiras coloridas. Basta esticar os braços e pegar o que quiser. No quarto piso do Boulevard Shopping, é possível encontrar mais um espaço dedicado ao compartilhamento de livros entre os belenenses.

O espaço foi inaugurado em janeiro e fica totalmente livre para quem quiser deixar ou pegar algum exemplar de sua estante no corredor. A procura ainda é tímida, mas o shopping pretende manter o projeto como algo permanente.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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