sábado, 10/09/2016, 09:26
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Os motivos que levam uma pessoa a fazer tatuagens e ter para sempre no corpo uma marca em forma de desenho são variados. É o que confirma Rodolfo Barral, tatuador do Strong Side Tattoo, de Brasília, um dos 50 estúdios profissionais que participam do Tattoo Day em Belém até amanhã, sobre os clientes que chegam até seu estúdio.
“Tem gente que faz para homenagear os pais, filhos, só por estética, porque gosta do desenho, para esconder marcas na pele. Eu digo que a nossa maca, dos estúdios, parecem os divãs do psicólogo. As pessoas também desabafam, choram, contam suas histórias e os motivos da tatuagem. Eu sou bem tranquilo e busco ser solidário e ouvir, tentando entender ao máximo também sobre o meu trabalho, já que vai ficar para sempre”, conta.
Com sete anos de experiência na área, ele passou por diversos estúdios de outros amigos até abrir o seu, na Asa Sul, na capital federal.
Sua marca são as tatuagens “old school”, inspiradas em desenhos típicos da iconografia norte-americana, com imagens de marinheiros, caveiras em meio a flores, pin-ups, traços indígenas, aves e cartas de baralho. Mas diz que têm crescido os pedidos de tattoos de caligrafia, com nomes ou frases eternizadas.
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Histórias pessoais servem de inspiração
(Foto: reprodução) O publicitário Jean Bremgartner, 24 anos, apaixonou-se pela fotografia logo que entrou na faculdade. E não demorou para estampar uma câmera fotográfica nas costas, iniciando uma paixão pelas tattoos, que só aumentou. Ele também tem tatuagens nos dois braços e agora pretende “fechar” o esquerdo, ou seja, fazer uma série de tatuagens interligadas que cubram totalmente a pele. “Tem gente que faz tatuagem para marcar história da vida, mas vejo como expressão artística. Às vezes gosto do traço do tatuador, da arte e quero ter no meu corpo. E ainda quero fazer muito mais”. Já para a barbeira Paula Talita Souza, de 23 anos, o importante é tatuar algum elemento que represente uma fase de sua vida, como a sua mais recente tattoo, uma cobra naja. “Gosto muito de animal, todos eles têm significado não só na mitologia, mas na minha vida pessoal, das conquistas que tenho hoje. A naja representa um processo doloroso recente que tive para alcançar meus objetivos”, diz ela, que entre outras tattoos, tem uma coruja: “É um animal que consegue olhar 360º e quis trazer esse significado para minha vida”, explica. |
Desenhos também seguem tendências e moda
Há um tempo, os estilos tribais e letras japonesas, além das clássicas estrelas que a modelo Carol Magalhães tatuou eram muito comuns. Mas assim como a moda, a tatuagem também tem suas tendências.
Segundo o tatuador Rodolfo Barral, este ano destacam-se aquelas feitas em estilo aquarela, com desenhos sem contorno, e as feitas por meio da técnica do pontilhismo.
“Para fazer o pontilhismo usamos agulha de traço, e a aquarela usa mais agulha de pintura e muita tinta colorida. Cada uma tem seu nível de dificuldade e depende muito do desenho também”, diz o tatuador.
(Dominik Giusti/Diário do Pará)
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