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CINEMA

Tom Cruise corre riscos estapafúrdios e sem graça no novo 'Missão: Impossível'

Quem assiste a uma sessão de "Missão: Impossível - Efeito Fallout" talvez faça uma pergunta: Tom Cruise precisava ter feito mais uma vez o papel do agente Ethan Hunt? Ou, indo além: o mundo precisava de um sexto episódio da franquia "Missão: Impossível"?

Quem assiste a uma sessão de "Missão: Impossível - Efeito Fallout" talvez faça uma pergunta: Tom Cruise precisava ter feito mais uma vez o papel do agente Ethan Hunt? Ou, indo além: o mundo precisava de um sexto episódio da franquia "Missão: Impossível"?

Para as questões, a resposta mais honesta é "não". Desde o terceiro filme, quando Cruise passou a mandar na produção, tratando a série como uma poupança milionária para uma aposentadoria tranquila, o desafio consiste em criar as situações de perigo mais estapafúrdias, mesmo contrariando a lógica.

O astro aposta num marketing pessoal que propaga sua predileção por dispensar dublês em cenas arriscadas. Acaba soando como cascata, porque Cruise vale muito dinheiro em Hollywood para conviver com a chance de quebrar o pescoço no meio de uma filmagem, mas os fãs (e a mídia) gostam de acreditar nele.

Ele já foi visto nas telas batendo, apanhando, tomando tiros, pulando fora de explosões no último segundo, pendurado à beira de precipícios, escalando arranha-céus sem equipamento ou decolando do lado de fora de um avião.

Para este sexto filme, os perigos foram renovados. Cruise teria até aprendido a pilotar helicópteros para uma cena de perseguição aérea. Mas a proposta de superar limites acaba tendo resultado inesperado. Fica tão exagerado que a brincadeira perde a graça.

Ethan Hunt exibe força e resistência muito superiores à capacidade humana. Não dá para acreditar em tanto preparo físico. Se fosse um super-herói, talvez um Capitão América, o jogo funcionaria. Para um agente secreto, as proezas soam a uma total estupidez.

Com tantos detalhes para cuidar, Cruise não tem tempo de atuar. O herói é uma caricatura, numa interpretação péssima. E é ameaçado por um colega de elenco. Henry Cavill, o Superman dos filmes da DC, surge como um agente aliado de Hunt e demonstra muito mais desenvoltura como personagem de ação.

O resto do elenco repete os integrantes que foram sendo agregados à equipe de Hunt, com destaque para ingleses: o engraçado Simon Pegg (o Scott da trilogia "Star Trek") e a bela Rebecca Ferguson (do sci-fi "Vida"). Os veteranos Alec Baldwin e Angela Bassett têm participações discretas.

Mas, por melhor que sejam, os atores não encontram muita coisa para trabalhar em suas performances. O roteiro parece gerado por um computador. Não há um traço de humanidade no enredo –espécie de somatória de episódios curtos criados por algoritmos destinados a encontrar os apuros mais absurdos.

Na busca por três núcleos de plutônio roubados por terroristas, Hunt vai de Berlim a montanhas no norte da Índia, mas antes vai passar por duas perseguições alucinantes: uma de moto, por Paris, e outra a pé, por ruas, telhados e subterrâneos de Londres.

Sem se preocupar com exageros, "Missão Impossível" vai deixando os filmes de James Bond até realistas. De olho nas grandes bilheterias asiáticas, que representam a principal fatia de faturamento da franquia, vem aí o sétimo filme. Não que o mundo esteja precisando.

(Thales de Menezes/FolhaPress)

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