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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta sexta-feira, 19: Eletrônica avacalhada

A interferência do chamado árbitro de vídeo (VAR) na decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Cruzeiro, anteontem, deixou claro que em terras tropicais o equipamento não veio para esclarecer, mas apenas para confundir ainda mais as coisas. Dois erro

A interferência do chamado árbitro de vídeo (VAR) na decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Cruzeiro, anteontem, deixou claro que em terras tropicais o equipamento não veio para esclarecer, mas apenas para confundir ainda mais as coisas. Dois erros cabeludos de interpretação em 90 minutos avacalharam com o sistema eletrônico.

Bem verdade que mesmo na Copa do Mundo disputada na Rússia a utilização do monitoramento de vídeo foi muito questionada. Em alguns casos, ficou evidente sua desnecessidade. Afinal, nos momentos mais críticos, como na partida final entre França e Croácia, não ajudou a dirimir dúvidas que poderiam ter mudado a história do jogo

No confronto final da Copa BR, a tibieza do árbitro Wagner Magalhães acabou contribuindo decisivamente para duas situações patéticas em lances capitais. No primeiro, assinalou um pênalti inteiramente mandrake sobre o volante Ralf , invertendo a realidade. O corintiano se atirou dentro da área chegando a atingir Tiago Neves com um chute nas pernas.

Um clássico exemplo de pênalti à corintiana, referendado pelo videomonitoramento. Além da desatenção diante de lance que não deixou margem a dúvidas, o árbitro foi olhar na telinha antes de cometer a lambança de confirmar a penalidade. Erro duplo.

O gol de origem irregular alterou a dinâmica do jogo, influiu no comportamento dos times, beneficiando os donos da casa. Empurrado pela torcida, o Corinthians pressionou e chegou ao gol da virada, em belíssimo disparo do garoto Pedrinho da entrada da área. Veio então o segundo desatino.

Wagner atendeu reclamações cruzeirenses e foi de novo ao oráculo. Olhou, olhou e errou feio outra vez. O toque com o braço em Dedé no lance imediatamente anterior não configura falta, mas o árbitro usou esse detalhe para desmarcar o golaço corintiano.

A questão é que, ao recorrer ao VAR, os árbitros sentem-se mais confortáveis. Como se fosse um habeas-corpus preventivo para erros de marcação. Alguns lances não deveriam motivar a consulta, por tão claros e óbvios.

Com a maior premiação dos torneios brasileiros (R$ 70 milhões), a Copa do Brasil merecia uma arbitragem melhor do que o fraquíssimo jogo visto na Arena Itaquera. Dois times caóticos, centrados na correria e no chutão. Sem exibições de técnica ou recursos de habilidade. Aqui e ali, um ou outro jogador tentava uma jogadinha de efeito, mas nada além disso.

Um rachão que valeu apenas pela emoção da torcida presente, em permanente suspense diante do desenrolar do confronto – de olho nas barbeiragens do atarantado árbitro, cujo suporte na cabine do VAR era do experiente Wilton Sampaio.

Fica patente que o vídeo deve ser um recurso extremo. O ideal é que seja preservado da banalidade, a fim de não deslegitimar os méritos de quem tão arduamente chegou à conquista de uma competição. Pois, apesar do pobre futebol mostrado em campo, o Cruzeiro foi altivo e mereceu o título.

Festa para o Tricolor e oportunidade para o Papão

Os jogadores do Papão têm falado, com boa dose de razão, que o jogo de amanhã em Fortaleza tem características que podem beneficiar o clube paraense. A principal delas é o ambiente festivo criado pelos donos da casa, que festejam aniversário e tentam dar à partida caráter de pré-acesso.

Líder da Série B, o Fortaleza faz campanha excelente, com alto aproveitamento dentro da capital cearense e também nos jogos como visitante. Dificilmente deixará escapar a vaga à Série A, mas o futebol costuma pregar peças em ocasiões desse tipo.

Existem inúmeras histórias de equipes que se deram mal diante de seus torcedores quando não conseguiram separar o caráter festivo do sentido competitivo da coisa. Há previsão de público superior a 50 mil na Arena Castelão. Promoções estão sendo feitas para os sócios torcedores.

Enfim, uma verdadeira apoteose para saudar a quase classificação do Fortaleza, que tem hoje 57 pontos e cuja garantia de acesso depende de mais nove pontos. O Papão, com 32, é o 18º colocado e amarga uma sequência de maus resultados.

Um autêntico duelo de opostos, mas a métrica meio anárquica do futebol pode reservar uma boa surpresa para os bicolores. Afinal de contas, toda a carga de responsabilidade da partida estará nos ombros do time tricolor, que tem obrigação de vencer diante de sua torcida.

O PSC entra como o penetra da festa e, assim como quem não quer nada, pode acabar beliscando um precioso pontinho ou até mesmo uma vitória, que daria ânimo novo na incruenta batalha pela salvação.

É tarefa das mais difíceis, mas não impossível, visto que o Fortaleza já teve alguns tropeços como mandante – raros, é verdade. Com sorte e frieza, o Papão pode pregar uma peça e dar partida ao processo de reabilitação tão esperado. A conferir.

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