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GERSON NOGUEIRA

Leia na coluna de Gerson Nogueira: Um caminho irreversível

Por mais que os conservadores resistam e reforcem suas trincheiras, a entrada do árbitro de vídeo (VAR) é inevitável, aqui e lá fora. Dois episódios da semana, registrados em São Paulo e Madri, atestam a necessidade urgente de adoção do sistema eletrônico

Por mais que os conservadores resistam e reforcem suas trincheiras, a entrada do árbitro de vídeo (VAR) é inevitável, aqui e lá fora. Dois episódios da semana, registrados em São Paulo e Madri, atestam a necessidade urgente de adoção do sistema eletrônico de monitoramento dos jogos para esclarecer lances duvidosos.

Na decisão do Campeonato Paulista, o árbitro deu pênalti para o Palmeiras e depois mudou de ideia, não sem antes trocar algumas ideias com um interlocutor que não estava atuando no jogo, configurando um erro de direito que ainda é alvo de reclamações por parte dos palmeirenses.

Com o VAR em ação, as dúvidas teriam sido dirimidas e dificilmente a marcação geraria tanta polêmica, pois seria fácil atestar que a penalidade não aconteceu. O problema é que, mesmo admitindo a inexistência da falta, o Palmeiras protesta contra a interferência externa na decisão do árbitro.

Por não ter certeza quanto ao lance, o árbitro cedeu às pressões corintianas e acabou se sentindo impelido a consultar alguém que estava provavelmente nas tribunas. Poderia ter ouvido o quarto árbitro, mas preferiu validar a opinião de quem tinha visto o replay do lance na TV.

Já na partida entre Real Madri e Juventus, o VAR dificilmente daria um veredito definitivo quanto ao polêmico pênalti que deu a vitória ao time merengue, já nos acréscimos. Ainda assim, a decisão final seria aceita com mais naturalidade após o aval do olho eletrônico.

Além disso, o VAR teria atenuado a explosão de fúria dos juventinos, à frente o goleiro Buffon, em consequência natural da marcação do árbitro britânico. Com isso, o legendário goleiro não teria sido excluído tão drasticamente daquela que foi seguramente sua derradeira participação na Liga dos Campeões.

Chama atenção a teimosia de determinadores setores do futebol no mundo contra a adoção do sistema eletrônico. É como se fosse criada uma reserva de mercado contra os avanços da tecnologia. Quando era manda-chuva da Fifa, João Havelange era um ferrenho opositor de qualquer sistema que avaliasse decisões de arbitragem.

O cartolão que fez a Fifa mergulhar no maior escândalo da história do esporte alegava sempre que isso iria tirar a naturalidade da coisa, subtraindo do futebol um de seus encantos: a discussão e a polêmica entre torcedores. Argumento canhestro, pois a Fifa deveria zelar sempre pela lisura dos resultados e combater ao máximo a possibilidade de erros.

Com a nova presidência, a entidade máxima do futebol apoia o VAR e discute já sua aplicação nos jogos da Copa do Mundo na Rússia. Dureza vai ser dobrar a resistência da Uefa, que é contrária à ideia, embora as ligas da Alemanha e da Itália já utilizem a tecnologia.

No Brasil, como se sabe, a CBF prefere empurrar com a barriga, alegando falta de dinheiro para bancar os custos dos equipamentos. Os clubes, atolados em dívidas, também preferem continuar sem o árbitro de vídeo. Por sinal, o Corinthians, ardoroso inimigo da ideia, foi diretamente beneficiado pela confusão que se instalou na final do Paulistão.

Os árbitros, alvos naturais da ira de torcidas e jogadores, apoiam o VAR, embora sem força decisória para fazer com que seja adotado de imediato no Brasil. O jeito é esperar mais um pouco. Afinal, o novo sempre vem.

Em tempo: o VAR é um conjunto de câmeras, cujas imagens são transmitidas para uma sala isolada do campo, onde assistentes de vídeo podem rever as jogadas. Existem apenas quatro lances que podem ser revistos, sempre a pedido do árbitro. Não resolve todos os problemas, mas ajuda a evitar estresse pós-jogo.

Datafolha ignora as torcidas de Leão e Papão

Quando alguns gaiatos aplicaram na Folha de S. Paulo a alcunha de Falha de SP, a direção do jornalão espumou de raiva. Ocorre que algumas de suas iniciativas acabam por justificar as críticas. O Instituto Datafolha acaba de publicar uma extensa pesquisa sobre torcidas, confirmando a liderança nacional do Flamengo e incorrendo em erro crasso quanto à regionalização da paixão do torcedor.

Com a velha mania de entender o Brasil como um quintal do Sudeste, a pesquisa revela que na Amazônia os clubes da região não têm torcida! Sim, segundo o tradicional jornal paulista, o Flamengo tem “a maior torcida do Norte”, seguido de Corinthians, Vasco, S. Paulo e Palmeiras.

Acredite se puder: no estranho levantamento do Datafolha, as massas torcedoras de Remo e PSC simplesmente evaporaram. Os dois gigantes do Norte nem aparecem na relação de clubes citados na pesquisa.

Égua...

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir de 21h, na RBATV, com participações de Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião. Em debate, a Copa Verde e as Séries B e C. O telespectador interage e participa de sorteios de brindes.

Papão fecha a semana com boas novas

Para quem fechou a semana passada com a perda do título estadual e começo de crise interna, o PSC conseguiu se redimir com difícil vitória sobre o Manaus, garantindo presença pela quarta vez na final da Copa Verde. Mesmo com atuação ruim e uma ridícula linha de quatro zagueiros contra o confuso time baré, o técnico Dado Cavalcanti finalmente descolou alguns momentos de paz na Curuzu.

Ao mesmo tempo, o clube se livrou de um fardo pesado. A liberação de Walter para o CSA, confirmada na sexta-feira, representa economia considerável na folha de salários e um sensível ganho no aspecto técnico, pois o robusto atacante pouco contribuía para o esforço coletivo do time. Sua saída permitirá ainda que o clube traga pelo menos três bons reforços.

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