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GERSON NOGUEIRA

Leia na coluna de Gerson Nogueira: Vítima dos próprios erros

  Para um time desacreditado e limitado tecnicamente, com média de idade rondando os 30 anos e pouquíssima criatividade no desenvolvimento de jogadas, o Remo conseguiu fazer muito diante do Internacional, equipe de Série A e folha salarial de R$ 6 milhõe

Para um time desacreditado e limitado tecnicamente, com média de idade rondando os 30 anos e pouquíssima criatividade no desenvolvimento de jogadas, o Remo conseguiu fazer muito diante do Internacional, equipe de Série A e folha salarial de R$ 6 milhões. A atuação esforçada e valente dos remistas acabou prejudicada por um apagão fatal de cinco minutos no 1º tempo, período que o visitante aproveitou para construir a vitória.

Depois de um começo forte, no qual se lançou à disputa em igualdade de condições, o Remo marcou um golaço logo aos 19 minutos. Felipe Marques chegou à área, driblou o marcador e bateu sem defesa para Marcelo Lomba. A vantagem incendiou a torcida, dando um momento de claro predomínio emocional na partida que não foi aproveitado.

Ocorre que, apenas seis minutos depois, a casa caiu. D’Alessandro, mesmo vigiado de perto, atuava em altíssimo nível, desfilando categoria em todas as evoluções do time dos os avanços do time e distribuindo passes sempre perfeitos. Um autêntico maestro valorizando o espetáculo no Mangueirão.

Aí, em lance de desatenção que lembrou falhas recentes – contra Manaus e Bragantino –, a zaga azulina permitiu que o Inter cobrasse falta rapidamente. Infantilmente, Levy virou as costas para a cobrança, descuido que Nico López aproveitou para cruzar na área, nos pés de Leandro Damião, que só teve o trabalho de tocar para as redes.

Um minuto depois, a mesma jogada se repetiu, mas Damião bateu fraco. Só que, aos 30’, outra investida aguda de Patrick pela esquerda, explorando o imenso espaço dado ao Inter, terminou com um bombardeio de chutes contra a trave azulina. Bruno Maia salvou em dois momentos, mas não conseguiu afastar em definitivo e Edenilson não perdoou.

A virada em cinco minutos afetou emocionalmente o Remo, que fraquejou por mais dez minutos. Antes do final da primeira etapa, conseguiu retomar o ritmo inicial de marcação e a busca de tentativas rápidas na frente.

Depois do intervalo, Ney da Matta substituiu Geandro por Dudu, aumentando a cobertura pelo lado direito da zaga, por onde o Inter concentrava todo o seu esforço ofensivo.

Para dar mais agressividade à equipe, Adenilson entrou no lugar de Levy e o Remo se lançou ao ataque, buscando o empate que poderia levar à série de penalidades. Criou duas boas situações, a melhor delas após raspada de Isac deixando Fernandes livre para arrematar, mas o chute saiu torto.

Com Elielton substituindo Jefferson a partir dos 30’, o Remo chegou a atacar com até seis homens, impondo uma pressão em cima da última linha de marcação, sem transpor o bloqueio. Chegou perto disso quando Elielton empreendeu uma arrancada com a bola nos pés, passou por três marcadores e bateu colocado, mas a bola passou rente ao poste direito.

Mesmo com o Inter caindo pelas tabelas, chegando a fazer cera em alguns momentos, faltou ao Remo a capacidade de mudar o jogo e inverter jogadas que só um armador de verdade seria capaz de fazer. Nem Jefferson, nem Adenilson conseguiram executar esse papel, e o empate não veio.

O fato é que, apesar dos pesares, o Remo perdeu para os próprios erros individuais, cometendo o erro fatal de dar chances a um time tecnicamente qualificado. Uma evidência disso é que a torcida, compreendendo o esforço e a dignidade da atuação, aplaudiu o time ao final do confronto.

Derrota com atuação digna fortalece o técnico

As muitas carências individuais não impediram que o Remo tivesse uma atuação de bom nível, levando em conta as circunstâncias adversas de enfrentar um adversário mais categorizado. O próprio Odair, técnico do Internacional, reconheceu a aplicação e as dificuldades impostas pelo ritmo forte do Remo na maior do confronto.

Acima de tudo, o fato de a derrota ter ocorrido por falhas pontuais de marcação, evidenciando deficiências individuais, fazem com que Ney da Matta tenha ganho uma sobrevida no comando técnico do Remo.

Até antes da partida, a posição do treinador era delicada, pois o torcedor não assimilou os tropeços recentes na Copa Verde e no Parazão e cobrava evolução do time. Se o resultado não foi o esperado, o desempenho da equipe dá margem a esperanças em relação ao Estadual e à Série B, desde que o elenco seja urgentemente reforçado.

Há necessidade de contratação de mais um zagueiro, que venha para compor com Mimica o miolo central defensivo, e de um camisa 10 para organizar as ações. Para o ataque, onde Isac não deslanchou até o momento, falta um jogador que saiba definir as jogadas. Sem isso, dificilmente o time terá condições de alçar voos maiores na temporada.

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