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GERSON NOGUEIRA

Sob o peso das pressões

Por mais habilidade semântica que os dirigentes do Papão tentem usar, há um fato que salta aos olhos a essa altura: o prazo de validade da comissão técnica está nos estertores. Com boa vontade, pode-se dizer que a situação só se sustentará caso o time ven

Por mais habilidade semântica que os dirigentes do Papão tentem usar, há um fato que salta aos olhos a essa altura: o prazo de validade da comissão técnica está nos estertores. Com boa vontade, pode-se dizer que a situação só se sustentará caso o time vença neste domingo em Paragominas.

Nada a ver com o Parazão, onde o PSC vai bem na classificação. O problema é mais em cima: Marquinhos Santos encontra-se no fio da navalha, sua situação está no limite do tolerável, depois de dois resultados negativos em menos de uma semana: derrota no Re-Pa, de virada, e eliminação na Copa do Brasil com o revés diante do Novo Hamburgo.

Alguns dirão que é cedo para a avaliação do trabalho desenvolvido, pois foram apenas cinco partidas – quatro pelo Parazão e uma pela Copa BR. Ocorre que Marquinhos não é avaliado somente pela temporada de 2018. O julgamento envolve o desempenho na Série B de 2017.

O anúncio de sua permanência no comando dividiu a torcida e causou fissuras dentro da diretoria do PSC. Muita gente no clube defendia que fosse dispensado, mas o presidente Tony Couceiro e outros integrantes da cúpula entenderam que Marquinhos merecia a chance de formar um elenco à sua maneira para encarar as batalhas de 2018.

A diretoria fez sua parte. O elenco foi montado, com o atendimento às indicações do técnico e a participação do executivo André Mazzuco nas tomadas de decisão. Acontece que, dos 16 jogadores contratados, poucos têm se mostrado à altura dos desafios que o Papão teve pela frente.

A rigor, apenas Moisés, Cassiano e Pedro Carmona (com ressalvas) passaram nos primeiros testes. Os demais 13 reforços não conseguiram se estabelecer até aqui, nem mesmo para compor o leque de alternativas que o técnico precisa ter a cada partida.

Os duelos com o Remo e o Novo Hamburgo serviram para medir a qualidade do time e a força do elenco. Os resultados indicam que as escolhas, pelo menos à primeira vista, não atendem às necessidades. Na verdade, o próprio conceito de equipe precisa ser melhor dimensionado.

Sob o discutível argumento de que a pré-temporada iria se alongar até o dia 28 de janeiro, data do Re-Pa, Marquinhos tentou plantar vacinas para eventuais insucessos. A esperteza acabou se virando contra o feiticeiro. Enfrentando equipes igualmente recém-formadas, o time do Papão teve desempenho insatisfatório, muito abaixo do esperado.

A queda na Copa do Brasil foi a mais dolorosa, até mesmo do ponto de vista do planejamento para a temporada. Levando em conta premiações e possibilidades de faturamento com bilheteria, a competição é extremamente lucrativa, mesmo que não haja a pretensão de levantar o título.

Nem tanto pela derrota em si, mas pela maneira relaxada e comodista como ocorreu, o trabalho do técnico estará a partir de agora permanentemente sob o crivo de dirigentes e torcedores. O cancelamento formal dos festejos pelo 104º aniversário do clube indica que a eliminação não foi digerida. Por ora, paira certa tensão no ar, mas o jogo em Paragominas pode fazer com que a situação se torne insustentável.

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