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GERSON NOGUEIRA

Leia na coluna de Gerson Nogueira: Excesso de medo elimina Papão

Não podia dar certo, e não deu. O Papão entrou em campo com duas possibilidades de obter a classificação na Copa do Brasil. Passaria à fase seguinte com vitória ou empate. Não obteve nenhum dos resultados. Perdeu (por 2 a 1) porque jogou se acautelou desd

Não podia dar certo, e não deu. O Papão entrou em campo com duas possibilidades de obter a classificação na Copa do Brasil. Passaria à fase seguinte com vitória ou empate. Não obteve nenhum dos resultados. Perdeu (por 2 a 1) porque jogou se acautelou desde o primeiro tempo. Amedrontado, evitava sair para iniciativas ofensivas.

Tomou dois gols no começo do segundo tempo e só então o técnico botou mais jogadores de frente e chegou ao gol, mas a equipe não teve força e categoria para igualar a contagem – situação que nem seria justa, pois o Novo Hamburgo, mesmo sem brilho maior, foi superior porque esteve sempre focado na conquista da vitória.

Na primeira etapa, a pouca criatividade e o exagero nas bolas esticadas tornaram o jogo enfadonho, quase sonolento. Em três ou quatro momentos o time do Novo Hamburgo andou rondando a área do Papão com cruzamentos perigosos, mas sem que as ações fossem realmente agudas.

Do lado bicolor, só um chute de Fernando Timbó de fora da área, aos 20 minutos, e um desvio de cabeça do zagueiro Derlan aos 44’. A zaga gaúcha marcava em cima os atacantes Cassiano e Moisés. Pedro Carmona não encontrou espaço para jogar. Na prática, o jogo se resumia a uma troca de tiros de meta e rebatidas de cabeça, cenário apropriado para matar torcedor de tédio.

Além do baixo nível técnico, não surgiam nem as costumeiras jogadas de força que criassem um mínimo de emoção. A bola ficou muito presa ao meio-campo, sem que os laterais conseguissem romper a marcação das linhas de cobertura.

Os momentos de maior aflição para a retaguarda do Papão ocorriam nos escanteios e faltas próximas à área, visando sempre o cabeceio do grandalhão Tales. Foi numa dessas tentativas que o goleiro Marcão saiu catando borboleta e quase propiciou uma situação de gol na pequena área.

O PSC se mostrou disciplinado na estratégia clara de acertar a tal uma bola, tão ao gosto dos técnicos, aproveitando uma escapada em contra-ataque. O problema desse projeto é que o Novo Hamburgo ia à frente, mas não se descuidava do bloqueio na intermediária e esbanjava uma disposição de quem está em decisão de campeonato - e era, de fato.

No 2º tempo, veio à tona o que é uma característica do técnico do PSC. Desde a Série B, Marquinhos Santos mantém o time atrás, procurando aguentar o sufoco. Só decide mudar quando leva gol. Aí, de um momento para outro, atacantes são acionados e o time fica com cinco e até seis homens na frente. Em geral, inutilmente, como ontem à noite.

A questão é que abrir a equipe e fazer arrastão no ataque não representam a garantia de sucesso. Além disso, o time acaba obrigado a mudar radicalmente de postura, o que nem sempre acontece de forma tranquila e ajustada.

Piora ainda mais quando os gols saem em sequência, revelando as falhas de cobertura na marcação. No primeiro gol, o Novo Hamburgo tramou com tranquilidade e a bola foi chutada para dentro do gol. Marcão espalmou e o zagueiro Tales encheu o pé, botando a bola junto ao travessão.

O Papão já tinha em campo Fábio Matos e Mike, juntando-se a Cassiano e Moisés e tendo o reforço de Carmona e dos laterais nas subidas. Apesar da boa intenção, o Novo Hamburgo explorava os problemas de posicionamento da zaga e chegou ao segundo gol em lance bobo, finalizado de cabeça pelo baixinho Juninho perto da pequena área.

Mike ainda descontaria, após um ataque bem organizado, que começou com lançamento cruzado de Pedro Carmona. O Novo Hamburgo podia ter feito mais um gol e o zagueiro Derlan deveria ser expulso, mas o jogo terminou em 2 a 1, fazendo justiça a quem foi menos pior.

Jogadores importantes ficaram aquém do esperado

É cedo ainda, mas as apostas do PSC para a temporada até agora não frutificaram. Alguns jogadores não mostram evolução e não conseguem se encaixar no time. O mais grave é que alguns que já estavam no elenco têm mostrado muita insegurança, casos de Perema e Marcão, principalmente.

Dos novos, Derlan, Maicon Silva, Timbó, Carmona e Cáceres ficaram devendo. Moisés e Cassiano se mantêm em nível satisfatório, mas sem exibir a capacidade de decisão exigida para o jogo mais importante do ano até o momento. A falta de Diego Ivo é evidente, mas por si só não justifica tamanhos desacertos no aspecto defensivo.

Futebol paraense leva bomba no 1º teste do ano

Em dois dias, o futebol do Pará foi fragorosamente derrotado nos confrontos contra equipes de outros Estados. Pela Copa do Brasil, na quarta-feira, o Independente foi eliminado pelo Sampaio Corrêa, em Tucuruí. Ontem, o PSC caiu em Novo Hamburgo. Ambos perderam no aspecto técnico, mas lamentam principalmente o prejuízo financeiro. Com a derrota, o Papão perdeu, por baixo, mais de R$ 1,5 milhão – contando a premiação por fase e a renda do jogo em Belém na próxima fase.

O terceiro vexame foi proporcionado pelo Remo, que estreou na Copa Verde perdendo para o Manaus por 2 a 0 na Arena da Amazônia, na capital amazonense. A derrota adquiriu contornos mais preocupantes porque o Manaus, mesmo sendo campeão baré, tem uma legião de veteranos e envolveu totalmente os azulinos. Como ainda não jogou pela Copa BR, o Remo pode buscar alcançar um faturamento melhor. Além disso, na CV, o time de Ney da Matta tem a possibilidade de reverter no jogo de volta.

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