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GERSON NOGUEIRA

O clássico das incertezas

Como ocorre sempre no início de cada temporada, os times custam a pegar embalo e ganhar entrosamento suficiente para voos mais competitivos. O Re-Pa de hoje traduz perfeitamente essa situação. Nenhum dos rivais pode ser apontado como inteiramente pronto,

Como ocorre sempre no início de cada temporada, os times custam a pegar embalo e ganhar entrosamento suficiente para voos mais competitivos. O Re-Pa de hoje traduz perfeitamente essa situação. Nenhum dos rivais pode ser apontado como inteiramente pronto, nem seria possível.

Pela campanha mais regular no campeonato, o Papão pode ser visto como o time mais próximo de seus objetivos no aspecto da organização tática e do repertório de jogadas.

O Leão, que foi completamente remontado pelo técnico Ney da Matta, parece num estágio inferior quanto à evolução, embora nem tão distante do que tem sido apresentado pelo rival.

De maneira geral, o único termômetro confiável para as avaliações é o desempenho dos times nas três primeiras rodadas. Por esse prisma, o Papão tem melhores números. Ganhou todos os jogos que disputou, marcou sete gols e sofreu dois, sem correr grandes riscos.

Seu pior momento foi no primeiro tempo em Castanhal, quando a zaga ficou excessivamente exposta à pressão adversária. A equipe não sofreu gol, mas o sistema mostrou fragilidades. Ocorre que, na mesma partida, a reabilitação foi alcançada, com sobras.

Além de vencer, o time cravou uma goleada, só se atrapalhando nos minutos finais por puro relaxamento. Ficou, porém, a certeza de que Marquinhos Santos havia encontrado a combinação mais calibrada para a fase inicial da competição, com quatro homens no meio e dois atacantes que se movimentam muito, Cassiano e Moisés.

São essas virtudes que o Papão precisará exibir hoje à tarde para se sair bem no clássico. É óbvio que o time não pode repetir as hesitações e erros de posicionamento exibidos em Castanhal. O time azulino, provavelmente, não desperdiçaria tantas chances.

Por seu turno, o Leão acumula seis pontos no campeonato, com duas vitórias e uma derrota, cinco gols pró e dois contra. Dos seis tempos que disputou, só se apresentou em bom nível em dois deles, contra Bragantino e Águia.

A imagem de um time desnorteado e pouco disciplinado taticamente, deixada no confronto contra o Independente em Tucuruí, foi quase superada pela exibição surpreendentemente intensa nos primeiros 30 minutos do jogo com o Águia, na terça-feira.

Além de marcar um gol logo de início, o time criou cerca de dez bons ataques, com cinco chances de gol. Pecou por não saber definir a fatura e pagou o preço do sufoco na etapa final, sendo envolvido pela jovem equipe marabaense em vários momentos. Um gol salvador a 10 minutos do fim trouxe o necessário alívio, mas as incertezas ficaram no ar.

Como se vê, os rivais têm recursos e valências, mas o embate promete ser extremamente disputado. Se há mais qualidade no elenco bicolor, a força de superação pode sorrir aos azulinos. Trocando em miúdos, qualquer aposta é temerária.

Aliás, a história centenária do choque-rei está aí mesmo para provar que ninguém perde de véspera e que favoritismo é moeda sem valor quando se trata de Re-Pa.

Candidatos a destaque no duelo de titãs

Com base no que as equipes apresentaram até o momento, alguns jogadores entrarão em campo sob expectativa maior de suas torcidas quanto a um desempenho satisfatório.

No Papão, Cassiano é o grande nome do ataque, tendo feito dois gols. Pedro Carmona, que nem é titular, também já marcou duas vezes. Moisés, de atuações convincentes desde a estreia, é outra boa aposta.

Do lado remista, Adenilson concentra as atenções pelo potencial exibido contra Bragantino e Águia. Jayme, que pode substituir a Isac, é outro nome em alta, assim como Felipe Marques, o veloz atacante que corre pela esquerda.

Técnicos imunes aos sacolejos do grande jogo

Ao participar do programa Clube na Rede, na sexta à noite, na Rádio Clube do Pará, com apresentação de Paula Marrocos, recebi algumas perguntas relacionadas ao futuro dos técnicos, levando em conta um eventual insucesso no primeiro clássico do certame estadual.

Entendo que, ao contrário de outras épocas, os clubes adotam uma política mais profissional e consequente. É raro ver atualmente decisões inopinadas, movidas apenas pelo fígado. Daí a impressão de que nenhum resultado – a não ser um desastre absoluto, como uma goleada histórica – abala a caminhada de Ney da Matta no Remo e de Marquinhos Santos no PSC.

A tendência é de assimilação do resultado nas duas frentes, até pela compreensão de que o trabalho se encontra em fase inicial e que desfazer o planejamento trará prejuízos mais sérios. No Remo, em particular, uma mudança de rota implicaria em gastos desnecessários a essa altura, repetindo a traumática estratégia do ano passado.

No Papão, onde predomina a estabilidade de gestão, a situação de Marquinhos é igualmente tranquila. Os resultados a serem avaliados envolvem a produção do time ao longo do semestre e não apenas por um jogo.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 21h, na RBATV. Tudo sobre a quarta rodada do Parazão, com destaque para a análise e debate em torno do primeiro clássico do ano.

O telespectador participa do programa, enviando perguntas e concorrendo a prêmios. Na bancada de debatedores, Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião.

(Gerson Nogueira/Diário do Pará)

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