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GERSON NOGUEIRA

Coluna do Gerson Nogueira: Atestado de fidelidade

Tecer elogios à lealdade da torcida do Remo é meio como chover no molhado. Tantos foram os exemplos de devoção à causa, em momentos particularmente difíceis dentro e fora de campo, que ninguém hoje duvida daquela definição clássica que acompanha o chamado

Tecer elogios à lealdade da torcida do Remo é meio como chover no molhado. Tantos foram os exemplos de devoção à causa, em momentos particularmente difíceis dentro e fora de campo, que ninguém hoje duvida daquela definição clássica que acompanha o chamado Fenômeno Azul: é a torcida que tem um clube, e não o contrário.

Jogadores que não conheciam de perto a força da torcida ficaram impressionados e o técnico Ney da Matta tratou de destacar o papel dos torcedores logo após a vitória sobre o Bragantino. Reconheceu que a torcida que lotou o Mangueirão teve paciência com os erros do time no primeiro tempo, esperando para se manifestar e apoiar na etapa final.

Ao todo, mais de 30 mil pagantes passaram pelas roletas do estádio para prestigiar a estreia do Remo no Campeonato Estadual, um número significativo porque propiciou a segunda maior arrecadação da história do clube em certames estaduais – R$ 780 mil.

Pode-se até argumentar, a título de explicação natural, que o torcedor do Remo vive momentos de profunda angústia, ávido por conquistas e isto obrigatoriamente o faz ir sempre aos jogos do time, mesmo quando sabe que o time não é tudo aquilo que espera ou sonha. Além disso, a última apresentação oficial tinha ocorrido em setembro do ano passado, o que dá força à tese da saudade.

Pode até ser. Afinal, poetas e escritores escreveram que o sofrimento alimenta bem mais a alma do que o júbilo, algo assim próximo do masoquismo. O ponto que não encaixa nessa teoria é que a torcida do Remo sempre foi assídua nos estádios, nos momentos de extrema bonança, ali nas décadas de 1960, 1970, 1980 e parte inicial dos anos 2000.

Quando a casa caiu, a partir de 2006, com as perdas em campo coincidindo com os desmandos financeiros que deixaram o clube refém de constantes aperreios, dívidas e bloqueios de renda – como no jogo de domingo –, o torcedor talvez tenha compreendido a exata natureza de seu papel, redobrando sua dedicação, independentemente do nível de seus gestores.

O fato é que, com times bons ou ruins, com esperanças legítimas ou não, o torcedor está sempre presente, fazendo sua parte e acreditando até o último instante. O público de domingo é até agora o maior das rodadas de abertura dos estaduais. Deve ser superado amanhã pela torcida do Cruzeiro, que até ontem já havia comprado 25 mil bilhetes para a estreia contra o Tupi, pelo campeonato mineiro.

A diferença substancial é que, ao contrário do Remo, que passou em branco no ano passado, o Cruzeiro é o atual campeão da Copa do Brasi e contratou um punhado de reforços de peso, entre os quais o artilheiro Fred, o lateral Edilson, o volante Bruno Silva e o meia Mancuello.

Marquinhos define zaga e meio, mas faz testes no ataque

A divulgação do time-base do Papão para a estreia no campeonato, amanhã, contra o Parauapebas, na Curuzu, faz crer que Marquinhos Santos resolveu apostar tudo na espinha remanescente da Série B 2017, procurando mexer pouco na estrutura do time.

O goleiro Marcão, os zagueiros Diego Ivo e Perema, os volantes Rodrigo Andrade e Renato Augusto e o meia Fábio Matos despontam como titulares para os primeiros jogos, num critério que prima pela lógica.

Como o técnico já disse que a pré-temporada seguirá até o dia 28 de janeiro, a fase inicial do Parazão será usada como laboratório para avaliar as opções disponíveis entre os recém-chegados. O anúncio de Danilo Pires (15ª contratação), ontem, reforça ainda mais o setor de meio-campo.

O ataque, porém, continua indefinido. Por ora, Mike, Cassiano e Moisés surgem como apostas para a titularidade, mas a disputa está aberta e Magno, Filigrana e Renan têm boas chances de alterar essa configuração.

Um nortista no topo da arbitragem nacional

Dewson Freitas, único árbitro nortista na elite do apito no Brasil, integra a seleta lista dos apitadores que irão receber hoje as insígnias da Fifa para a temporada 2018, na sede da CBF, no Rio. Aos 36 anos, o paraense Dewson é um dos 10 melhores do país, entre árbitros do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e nenhum do Nordeste.

Como Sandro Meira Ricci, não se sabe bem como, vai a mais uma Copa do Mundo tendo 43 anos, Dewson tem o direito de sonhar com a indicação para o Mundial de 2002.

Desportiva caiu, mas campanha é digna de aplausos

A despedida foi melancólica. Goleada é sempre difícil de assimilar, ainda mais quando é construída com lance irregular – no segundo gol, a bola não transpôs inteiramente a última linha – e falha individual tosca (goleiro vacilou no terceiro gol). Esperava-se um rendimento melhor da Desportiva no jogo de ontem, mas é preciso ressaltar a tradição do Internacional em competições desse nível.

Apesar do revés, o time de Walter Lima merece aplausos pela bonita participação na Copa São Paulo de Juniores, alcançando a até então inédita quarta fase. Mostrou qualidades e revelou pelo menos três bons valores – Alex, Euler e Maranhão. Foi além das expectativas e superou com sobras a sempre badalada dupla Re-Pa.

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