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GERSON NOGUEIRA

Gerson Nogueira: sem direito a sustos

O mundo viveu alguns minutos de suspense na sexta-feira à espera do desfecho do sorteio de grupos da Copa do Mundo, ritual meio chato, na maioria das vezes, mas fundamental como pontapé inicial para o torneio mais importante do mundo. Desta vez, após a d

O mundo viveu alguns minutos de suspense na sexta-feira à espera do desfecho do sorteio de grupos da Copa do Mundo, ritual meio chato, na maioria das vezes, mas fundamental como pontapé inicial para o torneio mais importante do mundo.

Desta vez, após a distribuição de nomes de países pelos potes, não se viu qualquer descalabro, como aquelas famigeradas chaves trazendo um favorito cercado de timecos por todos os lados. Ou os ‘grupos da morte’, como o que reuniu Itália, Inglaterra e Uruguai na última Copa – com a Azzurra dançando logo de cara.

Com organização e método, a Fifa de Infantino deu um jeito de evitar excessos e absurdos, apostando no equilíbrio de forças. Todos os oito grupos têm no máximo dois times fortes, assegurando com isso a qualidade do torneio a partir das fases seguintes.

Ao Brasil coube o grupo E, com a participação de países pouco medalhados na hierarquia do futebol. Suíça, Sérvia e Costa Rica pertencem ao que seria uma segunda divisão mundial, e olhe lá.

Tite, ao comentar o desfecho do sorteio, foi educadamente pragmático, admitindo que a responsabilidade é toda do escrete canarinho em grupo tão simpático. Nem podia ser diferente. Com cinco títulos mundiais no currículo e cotadíssimo para levantar o caneco, o Brasil não pode nem pensar em tropeçar num dos três parceiros de chave.

Cabe observar que Alemanha, Argentina, Inglaterra, Portugal, França e Espanha também terão caminhadas amenas ao longo da primeira fase, devendo passar sem problemas à etapa seguinte.

Apesar do indisfarçável poderio europeu, reforçado pelas condições climáticas e ambientação, o Brasil tem grandes possibilidades de repetir a façanha de 1958 – até hoje a única vitória sul-americana em mundiais disputados no Velho Mundo.

Para que chegue com reais condições de brilhar, o time de Tite terá que se precaver contra armadilhas que derrubaram a Seleção em 2006, 2010 e 2014. Em todos esses mundiais o Brasil entrou aclamado como provável finalista, mas acabou frustrando as expectativas.

O diferencial agora é que, em comparação com as outras Copas citadas, o Brasil tem um time essencialmente jovem e bem afinado. Mais importante: tem um técnico capacitado e consciente dos seus limites, como nenhum outro desde aquele Felipão de 2002. Pode dar certo.

Escândalo da Fifa e o silêncio que incomoda

Acontece nos Estados Unidos um julgamento que complementa a devassa feita na Fifa há dois anos. No Brasil o tema é olimpicamente ignorado pela grande mídia. O único meio a furar essa espécie de pacto é a internet, onde os depoimentos de delatores comprometem dirigentes da TV Globo por suposto pagamento de propinas à cartolagem da Fifa em troca dos direitos de transmissão nos torneios internacionais mais cintilantes.

Ainda mais esquisita é a timidez do Ministério Público, instituição que no Brasil ganhou amplo destaque nos últimos tempos a partir dos atos da operação Lava Jato. Os holofotes sempre fartos e generosos ajudaram a construir uma imagem quase quixotesca de alguns promotores.

Curiosamente, não aparece ninguém para fazer a contrapartida nacional ao trabalho conduzido pela Justiça norte-americana. José Eladio Rodriguez, ex-funcionário de um grande grupo de marketing na Argentina, disse que 10% do valor de um dos contratos foi entregue, “por fora”, a Marcelo Campos Pinto, então diretor-executivo da Globo na área de Esportes.

Aliás, o executivo citado foi devidamente “aposentado” desde que o lamaçal da Fifa veio à tona e José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi preso. A estranheza quanto ao comportamento do Ministério Público fica por conta, principalmente, do silêncio obsequioso. Cabia ao MP pelo menos questionar o papel da poderosa rede de TV na história, cobrar esclarecimentos e investigar de verdade.

Por ora, o distinto público terá que se contentar com a incrível “investigação” conduzida internamente pela emissora, que teve a pachorra de divulgar isso – a sério – para seus telespectadores, jurando inocência.

Árbitro nega ter sido reprovado em testes físicos

O árbitro Gustavo Ramos Melo encaminhou mensagem à coluna negando ter sido reprovado em testes físicos da comissão de arbitragem da FPF, como citado aqui no meio da semana em comentário sobre a absurda indicação promovida pela entidade para a partida final da Segundinha de acesso ao Parazão 2018.

Gustavo informa que, como “prestador de serviço da FPF, como árbitro de futebol”, cumpre as escalas de jogos, sem ter nenhum envolvimento com a realização de sorteios. A coluna não o acusou de tal prática.

Garante que nunca foi reprovado “em nenhum teste físico, técnico, ao qual fui submetido ao longo dos meus seis anos como árbitro de futebol”. Acrescenta que não fez o teste físico para o torneio, pois, em agosto (de 15 a 24), estava participando do Programa de Renovação Brasileira - PRAB IV, realizado em São Paulo pela CBF.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 21h, na RBATV. Na bancada, Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião. Em pauta, tudo sobre o fim de semana esportivo, além de sorteios de brindes e participação dos telespectadores.

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