plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
GERSON NOGUEIRA

Gerson Nogueira fala de Neymar, Tite e o maior dos problemas da Seleção

O pecado da gula  Todo planejamento em futebol devia se basear na boa e velha equação que cruza receitas e despesas. Só quem faz essa continha básica sabe se há dinheiro em caixa para investir e contratar. Ao mesmo tempo, indica que em situação de aperre

O pecado da gula

Todo planejamento em futebol devia se basear na boa e velha equação que cruza receitas e despesas. Só quem faz essa continha básica sabe se há dinheiro em caixa para investir e contratar. Ao mesmo tempo, indica que em situação de aperreio, quando é preciso vender o almoço para comprar a janta, o caminho é economizar. Regrinha simples e certeira. Desgraçadamente, nunca respeitada entre os azulinos, pelo menos nas últimas quatro décadas.

Foi assim ao longo de quase toda a centenária existência do clube, com menor grau de perdas no período semiamadorista, localizado entre os anos 50 e 60, quando os clubes eram gerenciados por abnegados e mecenas. A partir dos anos 70, a atividade começou a se profissionalizar e foi quando grandes clubes tiveram que se defrontar com os novos tempos.

Gigante em termos de torcida e tradição, o Remo foi um dos que mais sentiu a transição iniciada nos anos 80. Entregue a arcaicas administrações, sofreu terrivelmente com a realidade imposta pelos negócios cada vez mais profissionais envolvendo o futebol.

Para piorar, não se preparou adequadamente para encarar os efeitos da Lei Pelé e do Estatuto do Torcedor, que mudou radicalmente a relação entre clubes e atletas. Após perder vários atletas, o Remo só há seis anos passou a se preocupar de verdade com a regularização de jovens formados em suas divisões de base.

Parte desse festival de erros explica a delicada situação financeira da centenária agremiação. Sem dinheiro para pagar débitos contraídos em contratos não cumpridos com atletas, técnicos e funcionários, o Remo luta há anos para tentar se agarrar a uma esperança de salvação.

Alguns dos ‘salvadores da pátria’, fauna que costuma surgir em momentos de desgraça, acabaram por prejudicar ainda mais o clube. A atuação foi tão predatória que hoje é mais fácil elencar os maus momentos do que conquistas em campo.

São conhecidos os episódios da perda do posto de gasolina obtido por influência do então ministro Jarbas Passarinho; da frustrada tentativa de venda do Baenão a preço de banana e em troca de um fictício terreno; do desmanche posterior do estádio sem que ocorresse o necessário ressarcimento; e, por fim, o assalto que subtraiu mais de R$ 400 mil da sede do clube.

Mais do que uma crise motivada por falta de recursos, o Remo padece da carência de novas lideranças. Não que elas não existam. O problema é que têm sido seguidamente impedidas de assumir um lugar proeminente dentro da engrenagem administrativa.

Em meio a isso, surge a notícia de que a diretoria pensa em contratar pelo menos 13 “reforços” de fora para compor o elenco. Não é preciso nem pesquisar muito para saber que a gula nas contratações sempre acaba mal, gerando efeitos extremamente maléficos com o passar do tempo.

O erro na escolha de jogadores nesta temporada é a prova de que os dirigentes precisam pensar duas, três ou até 20 vezes antes de incorrer no mesmo pecado cometido quando Josué Teixeira foi autorizado a trazer um time inteiro para a disputa da Série C.

Bola na Torre

Giuseppe Tommaso comanda a atração, a partir das 21h, na RBATV. Na bancada, Valmir Rodrigues e este escriba de Baião. Em pauta, a rodada de fim de semana no futebol paraense. Além disso, o programa tem a participação direta dos telespectadores e sorteios de brindes.

Neymar, Tite e o maior dos problemas da Seleção

Tite é um técnico cheio de manhas e macetes, não coloca nenhum pingo fora dos ii e sabe como lidar com cobras criadas. É visível que vem pisando em ovos na relação com Neymar, com suas tolices de craque imaturo e claramente preocupado em mostrar que é o dono da bola na Seleção Brasileira.

Além de habilidade política para lidar com a maior estrela do escrete, Tite terá que mostrar capacidade de um verdadeiro professor para enquadrar o camisa 10 do time e principal esperança de sucesso do Brasil na Copa.

A sete meses do Mundial da Rússia, Neymar parece haver regredido no quesito amadurecimento. Tornou-se quase insuportável na repetição de provocações a adversários e na chata reclamação com os árbitros, mesmo quando nada está em jogo, como na sexta-feira no amistoso diante do Japão.

Neymar fez um gol, cobrando pênalti, perdeu outro e passou o resto do tempo tentando jogadinhas individuais inócuas e buscando fazer malabarismos e firulas para deslumbrar o mundo.

Insisto que a terapia que pode ajudar a separar o craque do exibicionista passa pela exibição intensiva de vídeos que mostrem verdadeiros astros da bola em ação. Pelé, Tostão, Garrincha, Cruyff, Platini, Zidane, Romário, Ronaldo, Rivaldo, Messi, Cristiano.

Todos têm muito a ensinar sobre economia de gestos, simplicidade e futebol objetivo. E, obviamente, Neymar ainda tem muito a aprender com eles.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Gerson Nogueira

Leia mais notícias de Gerson Nogueira. Clique aqui!

Últimas Notícias