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GERSON NOGUEIRA

Entre discurso e prática

Ney da Matta chegou falando grosso, praticamente detalhando uma espécie de cartilha invisível que irá utilizar no comando do futebol remista a partir de agora. Apesar de não ser tão veterano, acumula certa rodagem e algumas experiências significativas na

Ney da Matta chegou falando grosso, praticamente detalhando uma espécie de cartilha invisível que irá utilizar no comando do futebol remista a partir de agora. Apesar de não ser tão veterano, acumula certa rodagem e algumas experiências significativas na carreira. Pode ser que venha a fazer outros técnicos de fora que alcançaram êxito no clube, como Roberval Davino, Giba ou até mesmo Waldemar Carabina.

Pode, por outro lado, se juntar à numerosa galeria dos que sucumbiram às dificuldades naturais de comandar um clube de massa, em permanente ebulição, como o Remo. Nessa lista, só de nomes bem recentes, é possível citar Oliveira Canindé, Josué Teixeira, Waldemar Lemos, Marcelo Veiga, Zé Teodoro, Roberto Fernandes e Leston Jr., dentre outros.

No fundo, o próprio Ney da Matta vai definir a que grupo se associar pelo trabalho que produzir no Remo. A impressão inicial foi positiva, mas essa é também uma percepção traiçoeira. Todos os que chegam trazem um discurso de austeridade no bolso que parece ter sido repassado nas últimas aulas do curso de técnico profissional.

O primeiro item do receituário é o incentivo ao talento nativo. Juram dar atenção às divisões de base e aos atletas do futebol regional. Quase todos lembram a experiência com jovens, ressaltando a importância disso para o clube. Na primeira oportunidade, acabam esquecendo o rosário de promessas e trazem a costumeira barcada de jogadores catados em praças menos respeitadas do que Belém.

Nos últimos anos, os técnicos que desembarcaram aqui foram buscar atletas revelados em lugares ermos do interior gaúcho ou das várzeas paulistas. Não por coincidência, nenhum emplacou, nenhum deixou saudades.

No receituário do novo técnico leonino há também espaço para o rigor no aspecto disciplinar. Coincidência ou não, chegou um dia depois de anunciada a saída de Eduardo Ramos, eterno candidato a ídolo da galera e conhecido pela presença constante (e às claras, diga-se) na noite de Belém e Salinas, quando é tempo de sol e mar.

Da Matta, ao lado do executivo de futebol Zé Renato e do diretor Milton Campos, além do presidente Manoel Ribeiro, foi claro e direto. Só trabalha com boleiros que não representam encrenca fora de campo.

Ao afirmar isso, ele excluiu de cara uns 40% dos possíveis candidatos a reforços, pois os melhores também são os mais problemáticos. Sina de boleiro, difícil de explicar ou consubstanciar em termos sociológicos, mas fácil de entender quando se observa o histórico e a origem dos grandes jogadores.

Não vou me estender na análise do discurso de Da Matta porque o leitor terá isso, com mais detalhamento, em outras páginas do Bola. De todo modo, o novo treinador tem a chance de mudar a imagem dos técnicos forasteiros trazidos pelo Remo nos últimos cinco anos. Pode ser o primeiro a ganhar algum título e a convencer o torcedor de que pode ir além das boas intenções e da fala ensaiada.

Por parte da diretoria, seria oportuno e digno informar ao recém-chegado sobre as reais condições em que o Remo se encontra. É preferível que ele comece a trabalhar já sabendo das muitas carências do clube a ter que descobrir a dura realidade no dia-a-dia.

Com sorte de campeão, Corinthians avança sem sustos

Depois de dar uma colher de chá aos concorrentes, tropeçando seguidamente em algumas rodadas do returno, o Corinthians retomou o trem vitorioso do primeiro turno e demonstra a cada jogo a segurança própria dos times destinados a triunfar. As vitórias sobre Palmeiras, domingo, e Atlético-PR, ontem à noite, confirmam esse renascimento corintiano no Brasileiro.

Enquanto isso, os adversários se esfacelam pelo caminho e deixam ainda mais tranquilo o trajeto corintiano rumo à taça, sem precisar (mais) de nenhuma ajuda externa. O instável Palmeiras desperdiçou a chance de encostar no líder ao tombar no confronto direto e ainda vacilar diante do Vitória nesta rodada.

O igualmente trôpego Santos foi outro a ficar pelo caminho, caindo diante do Vasco. Com isso, a diferença pró-Timão voltou aos confortáveis nove pontos de antes. Só mesmo um tsunami de proporções bíblicas seria capaz de deter a marcha aparentemente invencível do esforçado time de Fábio Carille.

A Série A parece irremediavelmente destinada a premiar o mais regular e a glorificar o menos pior, como tem ocorrido com preocupante frequência desde que o sistema por pontos corridos foi instituído. Retrato fiel do fraco futebol jogado no país pentacampeão do mundo.

Unama debate influência digital e experiências de identidade

Em atenção ao convite de Thiago Barros, coordenador do curso de Comunicação Social da Unama, participarei hoje da Mesa de Debate “Influenciadores digitais e suas experiências de identidade”, falando sobre o blog campeão e do mergulho no jornalismo digital. O encontro ocorre às 8h30, no auditório D-200, no 2º andar do bloco D do campus Alcindo Cacela da instituição, como parte da XIII Semana de Comunicação da Unama, cujo tema é “Comunicação, Redes e Sociabilidade”.

A programação do evento envolve conferências, palestras, minicursos, oficinas e mostra acadêmica. Estarão presentes também como debatedoras a jornalista Amanda Campelo e a publicitária Luly Mendonça. O debate será mediado pela professora Danuta Leão, da própria Unama.

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