Recém-saído de uma campanha heroica na Taça Libertadores, na qual derrubou cinco campeões continentais, o Botafogo avança no Campeonato Brasileiro com a mesma gana demonstrada no torneio sul-americano. Já é o primeiro colocado no segundo turno e se consolida entre os seis times do pelotão de cima.
Ontem à noite, no Niltão castigado pela chuva que assola o Rio de Janeiro, foi de novo vibrante e destemido no enfrentamento ao líder do Brasileiro. Fez 1 a 0, sofreu o empate e teve forças para buscar o gol da vitória. Um triunfo justíssimo e merecido, embalado pela comovente fibra demonstrada pelo time alvinegro ao longo dos 90 minutos.
Há muitos anos que o Botafogo devia aos botafoguenses um esquadrão tão raçudo e valente. Fazia tempo que não se via os adversários respeitando de verdade a Estrela Solitária. Talvez isso não aconteça desde aquela época gloriosa de Sele-Fogo entre 1967 e 1971.
O mais singular disso tudo é que o Botafogo de hoje, ao contrário daquele timaço setentista, não alinha nenhum fora-de-série, nem mesmo tem um craque indiscutível. O Botafogo de hoje é o que é pela força do conjunto, pela disposição com que se lança aos embates e pela extrema obediência de seus jogadores às orientações do jovem técnico Jair Ventura.
Ao contrário dos caros elencos de Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, São Paulo, Grêmio e Corinthians, o Botafogo reuniu um punhado de operários e faz deste ano de 2017 um marco na história de glórias do clube que mais forneceu craques à Seleção Brasileira.
A vitória de ontem foi apenas mais um capítulo desta saga de façanhas que o Botafogo de Jair – nobre descendente de Jairzinho, Furacão da Copa – vem colecionando desde o ano passado.
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