plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
GERSON NOGUEIRA

As voltas que a bola dá

A excelente campanha do Ceará Sporting tem sido usada como forte argumento pelos críticos da caminhada trôpega do Papão na Série B. A comparação é motivada pela presença de dois ex-bicolores na equipe alvinegra: o técnico Marcelo Chamusca, que dirigiu o t

A excelente campanha do Ceará Sporting tem sido usada como forte argumento pelos críticos da caminhada trôpega do Papão na Série B. A comparação é motivada pela presença de dois ex-bicolores na equipe alvinegra: o técnico Marcelo Chamusca, que dirigiu o time alviceleste nas primeiras rodadas do campeonato, e Leandro Carvalho (fotos), peça destacada do PSC no Parazão e na Copa Verde, mas sem brilho no Brasileiro.

O sucesso de Chamusca no Ceará surpreende em função do desempenho negativo do Papão sob seu comando na Série B. Depois de início promissor, quando chegou a ocupar a primeira colocação por duas rodadas, o time mergulhou em fase declinante. A campanha desandou e Chamusca, sentindo o desgaste, preferiu pedir o boné.

Vale lembrar que antes da Série B a torcida já pegava no pé do técnico, reclamando de sua insistência em utilizar três volantes e das exibições tecnicamente fracas no Campeonato Paraense e na Copa Verde.

A conquista do título estadual atenuou a intensidade das cobranças, mas na Copa Verde a situação engrossou. O treinador poupou titulares no jogo de ida da decisão contra o Luverdense. A estratégia fracassou, pois o Papão perdeu e não conseguiu tirar a diferença no confronto no Mangueirão.
Apesar do desgaste, Chamusca foi mantido e começou bem a caminhada na Série B, obtendo bons resultados nas quatro primeiras rodadas, culminando com a inédita liderança. Ironicamente, o início surpreendente voltou-se contra o técnico, pois o torcedor passou a alimentar uma expectativa exagerada em relação às possibilidades do time no torneio.

Chamusca trocou o Papão pelo Vozão, que fazia campanha errática até então. Depois que assumiu, o time subiu de produção e hoje ocupa o terceiro lugar na classificação, cotado para obter o acesso à Série A.

E Leandro Carvalho, que sob a direção de Chamusca não conseguiu se estabilizar como titular do Papão na Série B, encontrou paz e confiança para jogar em alto nível no Ceará. Prestigiado pelo técnico, encaixou no time e suplantou pelo menos quatro apostas trazidas pelos dirigentes.

É bom lembrar que, na Curuzu, Leandro ficou marcado por problemas extracampo, acusado de indisciplina e de falta de profissionalismo. Chamusca, sempre que era indagado sobre o jogador, desconversava. Dizia que o problema era da alçada dos dirigentes. Mas, se não concordava com a opinião da cúpula, deixou de sair em defesa do jogador.

O sucesso da dupla descartada pelo Papão provoca certo incômodo, mas é absolutamente normal na verdadeira gangorra do futebol. São incontáveis os casos de profissionais que fracassam num clube e se consagram na defesa de outra bandeira.

Não há explicação lógica para tais fenômenos, mas, no caso bicolor, fica evidente que o problema do time na Série B não pode ser atribuído aos técnicos, Chamusca no começo e Marquinhos Santos agora. É legítimo concluir que a razão maior da campanha insatisfatória está na equivocada política de contratações, exatamente como ocorreu em 2016.

Indefinições atrapalham a agenda azulina

Sem conseguir estabelecer um processo pacífico para a gestão do futebol, a partir da resistência do presidente Manoel Ribeiro em conceder autonomia aos novos diretores, o Remo desperdiçou tempo demais (quase um mês) desde o fim da Série C em discussões cansativas, que em nada contribuíram para a vida da agremiação.

Por ora, a própria permanência de Ribeiro no cargo está sob risco, dependendo das decisões do Conselho Deliberativo sobre a prestação de contas que ele ficou de apresentar. Para piorar, a indefinição gerou um atropelo na agenda, com a saída do vice Ricardo Ribeiro e a longa novela em torno da posse dos dirigentes do futebol profissional.

Diante da pressão por medidas práticas, o presidente concordou parcialmente com as reivindicações dos diretores, à frente Milton Campos, e o trabalho deve finalmente começar, mas já no sufoco, pois o Remo ainda terá que contratar técnico e montar elenco para o Campeonato Paraense 2018, cuja abertura será no dia 17 de janeiro.

Sem esquecer que o clube encara tudo isso sem recursos e sob uma pesada série de pendências no campo trabalhista.

Direto do blog

“É com muita preocupação e tristeza que assisto jogos do Paysandu. Preocupação, pois não vejo nem sequer um arremedo de esquema tático, a não ser o de não perder. Tristeza, pois não é possível que o Luverdense tenha dois meias de ligação, Sérgio Mota e Marco Aurélio, e o PSC não consiga contratar um que preste”.
Por Reginaldo Nonato Lobato, angustiado com a caminhada do Papão na Série B.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Gerson Nogueira

Leia mais notícias de Gerson Nogueira. Clique aqui!

Últimas Notícias