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GERSON NOGUEIRA

Papão sai no lucro

O empate em Lucas do Rio Verde jogou o Papão de volta ao 12º lugar na classificação, a três pontos do Z4, mas pode ser considerado um ótimo resultado ante a forte pressão imposta pelo Luverdense. A abertura do placar logo aos 11 minutos, com Bergson, pare

O empate em Lucas do Rio Verde jogou o Papão de volta ao 12º lugar na classificação, a três pontos do Z4, mas pode ser considerado um ótimo resultado ante a forte pressão imposta pelo Luverdense. A abertura do placar logo aos 11 minutos, com Bergson, parecia sinalizar para mais um triunfo fora de casa, mas a equipe não teve forças para manter a vantagem. Pior que isso: no segundo tempo, abdicou de atacar e limitou-se a segurar o empate, correndo grandes riscos.

Com três zagueiros – Perema, Rafael Dumas e Diego Ivo –, Marquinhos Santos explicitou já na escalação a estratégia cautelosa, pois mantinha Renato Augusto, Carandina e Augusto Recife também ocupados com a marcação. O técnico queria reforçar a última linha, receando o rápido e habilidoso ataque mato-grossense.

No fim das contas, o esquema surtiu efeito, com a concretização do objetivo de pontuar. O problema foi aguentar o cerco armado pelo Luverdense, cujas tentativas se intensificaram na etapa final. O sufoco foi tão acentuado que motivou sucessivas quedas de atletas do Papão, por contusão ou malandragem, levando a partida a ter corretamente 11 minutos de acréscimo (quatro no 1º tempo e sete no 2º).

Bem ao seu estilo, Bergson driblou um marcador e bateu de fora da área para abrir o placar aos 11 minutos, manobra individual que não mais se repetiria na partida. O próprio artilheiro sumiu em campo, vítima da falta de organização no meio e de criatividade nas ações ofensivas.

Do lado alviverde, Sérgio Mota mandava na meia-cancha e distribuiu o jogo sem ser incomodado pela marcação. Técnico e extremamente criativo, o camisa 10 produziu várias situações perigosas para a zaga alviceleste, colocando os atacantes Rafael Silva, Eduardo, Baggio e Marcos Aurélio seguidas vezes na cara do gol.

Já nos acréscimos do primeiro tempo, em jogada nascida de um cruzamento certeiro de Paulinho pela esquerda, o baixinho Marcos Aurélio apareceu livre para cabecear entre os zagueiros do Papão. Diego Ivo e Perema marcaram a bola e não viram o adversário se aproximando.

Depois do intervalo, Marquinhos Santos lançou Magno no lugar de Juninho, a fim de dar mais consistência na saída, mas o domínio do Luverdense se ampliou com o cansaço que se abatia sobre os bicolores.

Sérgio Mota seguiu desfilando categoria em campo. A virada só não aconteceu porque os atacantes falharam na definição e Emerson apareceu bem em vários momentos, embora falhando feio em dois lances importantes. No mais grave deles, soltou a bola nos pés de Eduardo, que não aproveitou o rebote.

Welinton Jr. substituiu Bergson, mas nada acrescentou. O mesmo aconteceu com Jean, substituto do lesionado Dumas. Sem jogadas pelos lados, um dos canais de desafogo do Papão em jogos fora de casa, o time não conseguia equilibrar as ações e recuava em excesso. Em alguns momentos essa preocupação se tornou dramática, com alguns jogadores apelando para o cai-cai para conter os avanços do Luverdense.

Depois que o Papão abriu o placar, a melhor chance foi com Caion, que driblou dois adversários e chutou para fora, com perigo.

No geral, ampla vantagem dos donos da casa, que chutaram 21 vezes a gol, contra oito tentativas (erradas) do Papão. Com Sérgio Mota acionando os laterais, o Luverdense apertava constantemente. Paulinho, o ala esquerdo, criou também inúmeras situações perigosas, além de ajudar na infiltração de Eduardo e Douglas Baggio.

O confronto terminou com 66% de posse de bola favorável ao Luverdense, retratando o predomínio nas ações. Apesar das dificuldades exibidas e da inoperância na briga direta com o meio-campo adversário, o Papão foi mais pragmático e conseguiu segurar o resultado que lhe interessava.

Análise destoa da realidade vista em campo

Como já é habitual, Marquinhos Santos teve uma leitura absolutamente singular do empate arrancado às duras penas em Lucas do Rio Verde. Enxergou volume técnico onde só se observou correria e mau posicionamento. Chegou a afirmar, nos comentários pós-jogo, que sua intenção ao colocar Welinton Jr. e Magno em campo era verticalizar as manobras. Ficou só na vontade, pois não havia passagem dos alas para permitir melhor aproveitamento dos atacantes.

Ao valorizar justificadamente o ponto valioso ganho fora de casa, o técnico elogiou a atuação de Rafael Dumas, de desempenho confuso. Voltou a citar o desgaste da viagem e ainda reclamou dos critérios da arbitragem, que acrescentou acertadamente 11 minutos nos dois tempos, punindo o excesso de interrupções por parte do Papão.

Marquinhos repetiu também a tradicional louvação ao adversário, apontado por ele como de alto nível, embora esteja na zona de classificação. Pelo discurso, o torcedor já deve ir se preparando para mais sofrimento nas próxima rodada, pois o esquema não deve ser alterado e o artilheiro Bergson desfalca a equipe contra o Londrina.

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