Técnicos de futebol costumam reclamar da falta de normas que protejam o exercício da profissão. São demitidos a três por dois, sem direito a maiores satisfações e às vezes sem sequer saber os motivos do pé no traseiro. São queixas mais do que justificadas, mas cabe observar também que a classe não prima pela união. É corriqueira a substituição de técnicos por colegas que não se constrangem em negociar com os clubes sem o conhecimento do ocupante do cargo.
Ontem, Muricy Ramalho inventou uma novidade. Já afastado da profissão, o agora comentarista de TV resolveu se oferecer ao São Paulo para “ajudar” a tirar o time da ameaça de rebaixamento. Tudo muito bem, mas o Tricolor tem um técnico dirigindo a equipe. Dorival Junior é o encarregado de escalar os jogadores e elaborar as estratégias de campo. Mesmo que o oferecimento de Muricy não seja para o lugar de Dorival, não deixa de ser um gesto extremamente deselegante, que arranha a ética profissional.
Ao se prontificar, o ex-técnico deixa subentendido que Dorival não é capaz de resolver os problemas do time. Duvido, aliás, que o rabugento Muricy receberia numa boa qualquer proposta nesse sentido nos tempos em que treinava o São Paulo.
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