O velho ditado segundo o qual o mundo dá muitas voltas cabe bem na situação do volante Paulinho, peça destacada no mosaico tático que Tite vem montando na Seleção Brasileira, com excepcional atuação contra o Uruguai na quinta-feira. E pensar que o retorno foi cercado de dúvidas. Dez em cada dez analistas (inclusive este escriba) criticaram a insistência de Tite com um volante que havia perdido pelo caminho.
Jogador impetuoso e de grande importância no Corinthians de 2010 a 2013, frustrou expectativas ao ser escalado no escrete canarinho. Viveu seu pior momento sob o comando de Felipão na Copa do Mundo de 2014.
É certo que todos foram mal no Mundial, mas Paulinho conseguiu passar quase despercebido, tal a sua desimportância para o time. Para piorar, o volante vivia inferno astral no Tottenham, onde ganhou o amargo troféu de "pior estrangeiro da história" do clube inglês.
De repente, Paulinho emerge para recuperar terreno na Seleção. Tem feito bons jogos nas Eliminatórias e coroou o bom momento com a exibição de gala no estádio Centenário, quinta-feira à noite, contra o Uruguai.
Não contente em fazer o papel de meio-campista múltiplo, tornou-se o goleador da noite, fazendo gols que expressam a variedade de seu repertório. O primeiro foi um chute de fora da área. O segundo foi um típico gol de centroavante, aproveitando rebatida do goleiro. No último, lembrou Renato Gaúcho, desviando de peito para o fundo das redes.
Afinal, quem estava certo? O torcedor do Tottenham, que execrou a passagem de Paulinho por lá, ou Tite, que teve a sensibilidade de resgatá-lo do ostracismo? Não se sabe ainda. O fato é que o futebol ensina mais uma vez que não há mal que dure sempre e nem bem que nunca acabe.
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