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GERSON NOGUEIRA

Um instante, maestro!

Nenhum time consegue sobreviver sem um meia-armador de respeito, capaz de estabilizar as linhas e fazer a ligação entre os diversos setores. Os esquemas mudam com o passar do tempo, os técnicos inventam subsistemas para impressionar incautos, mas a verdad

Nenhum time consegue sobreviver sem um meia-armador de respeito, capaz de estabilizar as linhas e fazer a ligação entre os diversos setores. Os esquemas mudam com o passar do tempo, os técnicos inventam subsistemas para impressionar incautos, mas a verdade continua imutável: o futebol não arranjou um jeito de substituir o maestro. Como nas orquestras e big bands do passado, não é possível fazer show, concertou baile sem que um maestro comande a cena. Ainda na comparação musical, é possível considerar que o camisa 10 seja o guitarrista solo das grandes bandas de rock. Sua presença, tão forte e dominante, por vezes obscurece os demais instrumentistas.

Desde que o futebol passou a ter regras e diretrizes, a distribuição de uma equipe em campo depende da visão de um organizador no meio. É quem dá ritmo às ações, corrige imperfeições de passe e usa a técnica privilegiada para resolver as coisas lá na frente.

Dá para contar nos dedos o número de grandes equipes que sobreviveram à falta de um maestro na companhia. Nem sempre esse jogador tão fundamental precisa trazer nas costas a mítica camisa 10. Johan Cruyff usava o 14 na camiseta, mas era indiscutivelmente o formulador e executor das múltiplas valências do Carrossel Holandês de 1974.

Antes, na Copa de 70, Pelé era o dono da camisa 10 emoldurando com sua genialidade as evoluções do timaço brasileiro em campos do México. A safra era tão boa que, além do Rei, havia Gerson, a distribuir lançamentos de até 40 metros com fantástica perícia.

Talvez só aquele Brasil de 1994 tenha sido capaz de atingir o topo do mundo dispensando um especialista na criação. Parreira povoou o setor com volantes e armandinhos enceradeiras – Dunga, Mazinho e Zinho. Por sorte, a linha de frente compensava a aridez do meio com dois atacantes fenomenais no auge da forma, Romário e Bebeto. Guardadas as devidas proporções históricas, Leão e Papão têm hoje bons homens de criação, competentes e capazes de tornar o jogo mais bonito e fácil. Diogo Oliveira ainda tenta se adaptar ao sistema elaborado por Marcelo Chamusca na Curuzu. Eduardo Ramos retornou há duas semanas e já se encaixou na engrenagem idealizada por Josué Teixeira. Cada um, à sua maneira, terá ainda grande serventia para seus times. Afinal de contas, felizes os que podem dispor de um maestro para chamar de seu.

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