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GERSON NOGUEIRA

Madrasta rica

Números compilados pelo site Toró Tático sobre a renda líquida do Campeonato Paraense 2017 causaram alvoroço ontem nos meios esportivos locais, embora não sejam tão surpreendentes assim. Tabela comparativa mostra que a Federação Paraense de Futebol arreca

Números compilados pelo site Toró Tático sobre a renda líquida do Campeonato Paraense 2017 causaram alvoroço ontem nos meios esportivos locais, embora não sejam tão surpreendentes assim. Tabela comparativa mostra que a Federação Paraense de Futebol arrecada mais do que a maioria dos filiados, ficando atrás apenas da dupla Re-Pa, tendo embolsado até agora R$ 223.832,60.

Os dois grandes rivais ocupam as primeiras posições. O Remo faturou R$ 508.968,61. O Papão ganhou R$ 443.691,59.
Observa-se um cenário em que, sem precisar contratar um jogador ou vencer uma partida, a entidade máxima do futebol estadual posiciona-se em terceiro lugar no dinheiro obtido com as rendas dos jogos, bem à frente de São Raimundo, que arrecadou R$ 171.015,86, e São Francisco, que ficou com R$ 78.014,73.

Em relação aos demais participantes do campeonato, a vantagem da FPF é ainda mais avassaladora. Faturou sozinha mais que Castanhal, Pinheirense, Independente, Cametá, Paragominas e Águia juntos – R$ 180.291,54 foi o total arrecadado por estes clubes até a sétima rodada da competição, o que representa 19,5% a menos que o dinheiro ganho pela entidade.

O que soa esdrúxulo é que a entidade, que não tem fins lucrativos, deveria lutar para que seus filiados alcançassem a solidez financeira necessária para evitar cair na política do pires na mão a cada começo de temporada.

Na prática, a FPF é mera organizadora dos torneios oficiais no Estado, mas não atua de forma a se tornar indispensável quanto à formulação de alternativas para o futebol profissional, que possam vir a representar uma libertação do suporte financeiro dado pelo governo do Estado e que pode ser suspenso de uma hora para outra.

Não é a primeira vez que a FPF se destaca no faturamento dos torneios, superando os clubes participantes, mas o exemplo deste ano talvez marque o começo de uma tomada de consciência por parte dos clubes. Com a vantagem absurda de tirar o seu naco da renda bruta das partidas, a entidade desfruta da condição de sócia privilegiada, pois ganha mais que os demais parceiros sem correr qualquer risco de prejuízo.

O grave da história é que, em termos estatutários, a FPF deveria ser a incentivadora e executora de políticas voltadas para o desenvolvimento do futebol no Estado. A ironia é que, apesar dos ganhos auferidos, a entidade só se destaca pela falta de ideias criativas, omissão em relação aos clubes e má gestão interna – que resultou no rombo financeiro em 2016, provocado por sonegação de tributos e outras irregularidades contábeis.

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